Recorde as incidências da partida
Luís Conceição (selecionador de Portugal):
“Este era o jogo mais importante, o que permite seguir em frente ou voltar para casa, para nós ou para Itália, foi assim que encarámos. Na primeira parte, chegámos ao 2-0 e depois trememos um pouco. A Itália também veio para cima com tudo, pressionou-nos bastante e tivemos dificuldade em sair da pressão.
O intervalo foi extremamente importante para nós. Além de algumas correções a nível de jogo, essencialmente, o que pedimos foi para acreditarem nelas e, acima de tudo, para não terem medo de ter a bola. Se conseguíssemos ter a bola e jogar com confiança, íamos fazer golos e o resultado iria crescer, porque somos melhores do que a Itália. E a Itália é muito boa seleção, mesmo. Caiu num grupo já mais difícil, a seguir à fase de grupos cruzou connosco e é um adversário que valorizou muito a nossa vitória.
Vamos analisar profundamentea Aegentina a seguir ao jantar. Agora, é respirar um bocadinho: precisamos de oxigénio. A Argentina é uma seleção à imagem das sul-americanas, extremamente competitiva. Aquilo que faz, faz muito bem. Disputa muito o jogo nos duelos individuais defensivos, ofensivos. Leva o jogo para essa dimensão de que mais gosta, em que se sentem confortáveis. Vamos ver, estrategicamente, o que temos a fazer para as ultrapassar e estarmos aqui a jogar a final, no próximo domingo”.
Lídia Moreira (jogadora de Portugal, autora de três golos):
“Sinto-me muito, muito feliz. Sinto-me grata por estar aqui e conseguir ajudar, mas isto é um trabalho coletivo: com as minhas colegas, senti-me confiante para conseguir fazer os golos e ajudar.
É normal criarem-nos dificuldades, são uma boa equipa. Na primeira parte, pecámos um bocado na finalização, mas, na segunda, ajustámos, unimo-nos, como sempre, e conseguimos dilatar o resultado. (Com a Argentina) vai ser um jogo duro, mas vamos dar o nosso melhor e vamos ser Portugal, fazer de tudo para chegar à final”.
Ana Azevedo (jogadora de Portugal):
“Sabíamos perfeitamente que íamos ter um adversário muito forte, que ia querer muito, e isso ficou demonstrado na primeira parte. Entrámos um bocadinho nervosas. Fizemos dois golos, sofremos o penálti, que acabou por abalar um bocadinho a equipa, mas a segunda parte foi fantástica. Mostrámos aquilo que somos.
Na segunda parte viram Portugal. O que mais gosto de fazer é jogar. Todas juntas, provámos aquilo que podemos fazer. Agora, é preparar a meia-final com a Argentina: descansar, preparar para, daqui a dois dias, estarmos no nosso máximo. (O sonho) está mais vivo do que nunca”.
Janice Silva (jogadora de Portugal, autora de dois golos):
“Foi uma vitória muito suada. Aquilo que mostrámos hoje foi o que temos vindo a trabalhar, desde a Cidade do Futebol, a afinar pequenos pormenores, porque é um trabalho que vem muito de trás. Foi uma vitória difícil e provou-se a nossa entrega e a nossa união dentro de campo, porque é um Campeonato do Mundo, em que todas as equipas se querem mostrar, que veio para que o futsal feminino evolua e estamos muito felizes por termos conquistado uma vitória suada.
Acima de tudo, parabéns às minhas colegas, que deram tudo, deixaram tudo em campo, de modo a honrar a seleção portuguesa. Chegámos ao balneário e as palavras mais utilizadas foram acreditar, em cada pormenor, e ter confiança. Foi o que o mister Luís (Conceição) nos transmitiu. Viemos para a segunda parte com uma outra mentalidade e conseguimos alcançar uma vitória justa e estamos muito felizes pela nossa entrega. Agora, é desfrutar desta vitória e pensar no próximo jogo, que vai ser difícil”.