Gattuso substituiu Luciano Spalletti, que foi demitido este mês após a derrota por 3-0 com a Noruega numa partida de qualificação para o Mundial. A despedida oficial surgiu depois de ter orientado o seu último jogo, uma vitória por 2-0 contra a Moldávia.
"É um sonho tornado realidade e espero estar à altura da tarefa. Sei que o trabalho não será fácil, mas nada na vida é fácil", disse Gattuso, que recentemente deixou o clube croata Hajduk Split após um terceiro lugar na primeira divisão daquele país.
Apelidado de "Ringhio" ("rosnador") pela sua atitude tenaz e feroz em campo, o ex-jogador de 47 anos fez 73 jogos pela seleção italiana e foi um dos principais membros da equipa vencedora do Mundial de 2006. Os adeptos esperam que o seu carácter forte possa ajudar a levar os tetracampeões mundiais ao Mundial do próximo ano, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá.
A Itália, terceira no Grupo I de qualificação para o Campeonato do Mundo, recebe a Estónia a 5 de setembro, antes de defrontar Israel três dias depois.
"O meu objetivo é que quem quer que venha para o estágio venha com grande entusiasmo e crie uma família", disse Gattuso, que, segundo uma fonte da Federação Italiana de Futebol (FIGC), recebeu um contrato de um ano.
Gattuso passou a maior parte da sua carreira de jogador no AC Milan, onde ganhou dois títulos da Liga dos Campeões e dois da Série A, antes de regressar para treinar o clube de 2017 a 2019. Como treinador, ganhou a Taça de Itália com o Nápoles em 2020.
"O principal objetivo é criar um sentimento de pertença" à equipa Azzurra, disse Gattuso aos jornalistas durante a sua apresentação à imprensa num hotel de luxo no centro de Roma.
O novo treinador disse acreditar que os jogadores sentem a pressão de terem falhado a qualificação para dois Campeonatos do Mundo consecutivos e que isso está a pesar no desempenho da equipa.
"Temos de ser bons a reagir, só aqueles que reagem e dão tudo podem sair desta situação", afirmou.