O Congresso da FIFA começou mais de duas horas depois do previsto, depois de o voo de Infantino ter aterrado tarde no Paraguai, na sequência da sua viagem ao Médio Oriente para acompanhar o Presidente dos EUA, Donald Trump, em visitas de Estado.
Gianni Infantino abriu o Congresso às 12:47 locais, duas horas e 17 minutos depois do previsto.
Alguns delegados da UEFA não regressaram após o intervalo.
"As mudanças de última hora nos horários do Congresso da FIFA são profundamente lamentáveis", disse a UEFA em comunicado à Reuters.
"O Congresso da FIFA é uma das reuniões mais importantes do futebol mundial, onde todas as 211 nações do futebol mundial se reúnem para discutir questões que afetam o desporto em todo o mundo. Os nossos anfitriões, a Federação Paraguaia de Futebol e os nossos parceiros da CONMEBOL, fizeram um esforço considerável para acomodar tantos delegados e agradecemos-lhes a sua hospitalidade", acrescentou o comunicado, antes de se referir à agenda pessoal de Infantino.
"Mas o facto de o calendário ter sido alterado à última hora para, ao que parece, satisfazer interesses políticos particulares, não serve o jogo e parece colocar os seus interesses em segundo lugar", acrescentou.
"Estamos todos no cargo para servir o futebol, das ruas ao pódio, e os membros da UEFA no Conselho da FIFA sentiram a necessidade de, nesta ocasião, fazer notar que o jogo está em primeiro lugar e sair como inicialmente previsto", concluiu.
Os membros da delegação da CONCACAF também saíram mais cedo.
"Alguns dos meus membros saíram a correr, por isso não sei exatamente qual foi a razão, mas presumo que tenha tido a ver com a viagem", disse o presidente da CONCACAF, Victor Montagliani.
Mattias Grafstrom, secretário-geral da FIFA, disse que a FIFA tem "uma excelente relação com a UEFA e também com os membros europeus".
"Infantino explicou as razões do seu atraso. Tinha assuntos importantes a tratar e tivemos aqui um excelente Congresso", acrescentou.

A delegação norueguesa deixou um dos seus membros no Congresso para apoiar a Federação Palestiniana de Futebol.
"O vice-presidente da NFF e eu optámos por deixar o local do Congresso, juntamente com vários colegas europeus, às 14:00, como inicialmente previsto, para uma partida respeitosa", afirmou a presidente da Federação Norueguesa de Futebol, Lise Klaveness, em comunicado.
"O Secretário-Geral da Noruega, Karl-Petter Loken, ficou para expressar o apoio norueguês ao caso da Federação Palestiniana de Futebol na agenda do Congresso", acrescentou.
A Federação Palestiniana de Futebol tem exigido que Israel seja suspenso devido à guerra em Gaza, acusando a Federação Israelita de cumplicidade em violações do direito internacional por parte do governo israelita, discriminação contra jogadores árabes e inclusão na sua liga de clubes localizados em território palestiniano.
A FIFA disse em outubro passado que iria pedir ao seu comité disciplinar que analisasse as alegações de discriminação levantadas pela AFP, mas ainda não deu qualquer informação sobre o processo. A IFA rejeitou as acusações.