Os ginastas russos e bielorrussos foram excluídos das competições internacionais no âmbito das sanções desportivas impostas aos dois países devido à invasão da Ucrânia pelo exército russo em fevereiro de 2022.
Algumas delas foram posteriormente autorizadas a competir, mas como atletas neutras, sem representar o seu país.
Entre elas está a campeã olímpica Angelina Melnikova, de acordo com a lista de 12 ginastas anunciada pela Federação Russa no início de março.
No entanto, este organismo declarou no sábado que "todas" as ginastas a quem foi concedido o "estatuto de neutras" decidiram "não participar nas próximas competições organizadas pela Federação Internacional de Ginástica" (FIG).
"Esta decisão é motivada pelas numerosas recusas injustificadas e tendenciosas do comité especial da FIG" para autorizar outros ginastas russos a competir, disse o organismo através de um comunicado no Telegram, acrescentando que "respeita e partilha" a posição dos seus atletas.
Solicitada pela AFP, a FIG não se pronunciou sobre o assunto.
O ministro russo dos desportos, Mikhail Degtiariov, disse que as ginastas "demonstraram unidade e lealdade ao velho princípio de 'um por todos e todos por um'".
As relações entre a Rússia e os organismos desportivos mundiais foram degradadas há uma década por múltiplos conflitos, a começar pelo sistema de doping estatal nos Jogos de 2014 em Sochi.
E deterioraram-se ainda mais com o contexto geopolítico entre a Rússia e o Ocidente, que se agravou desde a invasão da Ucrânia, levando o COI a excluir a Ucrânia dos Jogos Olímpicos.