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Golfe: McIlroy vai reduzir o número de torneios num ano "crucial"

McIlroy no Dubai, em meados de janeiro
McIlroy no Dubai, em meados de janeiroFADEL SENNA/AFP
O golfista norte-irlandês Rory McIlroy, que começa a sua época esta semana, vai reduzir o número de torneios que joga no que descreve como um "ano crucial".

"Todas as épocas são importantes, mas penso que há duas ou três coisas que fazem deste um ano crucial para mim", disse McIlroy, que começa a sua época na quinta-feira no PGA Pebble Beach Pro-Am em Monterey (Califórnia).

O número 3 do mundo, de 35 anos, tem dois torneios em particular na mira: o British Open, que regressa ao seu campo de Portrush (Irlanda do Norte), e a Ryder Cup em Nova Iorque, em setembro. "Já o disse antes, mas sinto que ganhar uma Ryder Cup fora de casa é a coisa mais difícil no golfe atual", afirma.

McIlroy, quatro vezes vencedor de um Major, não ganha um torneio importante há mais de dez anos. Em 2024, foi vice-campeão do US Open contra o americano Bryson DeChambeau, após um final cruel.

McIlroy terá outra oportunidade de aumentar a sua coleção de Grand Slams no Masters em Augusta (Geórgia, EUA), em abril. O PGA Championship será disputado em Quil Hollow, onde McIlroy já venceu quatro vezes o Wells Fargo PGA Championship.

O britânico indicou que irá jogar o número mínimo de torneios necessários para manter os seus direitos de jogo no PGA e no DP World Tours.

"Joguei 27 torneios no ano passado. Para manter os meus direitos, preciso de jogar cerca de 22, e é isso que vou fazer. Isso significa mais 35 dias em casa e eu quero fazer isso".

Envolvido nas prolongadas negociações entre a PGA e a LIV Tours, McIlroy acredita que a eleição de Donald Trump pode ter removido alguns obstáculos à assinatura de um acordo, "que deve e vai acontecer". Mas "isso não resolve o problema do futuro incerto do golfe", acredita.

"O maior obstáculo é criado pelas diferentes ideias sobre o que o golfe deve ser no futuro", entre manter as tradições ou voltar-se para um público mais jovem com a ajuda de influenciadores e formatos redesenhados.

"Penso que 47 ou 50 torneios por ano são demasiados", afirmou sobre o PGA Tour, que está aberto do início de janeiro a meados de dezembro, dando como exemplo o novo circuito de golfe virtual TGL - que lançou com Tiger Woods - e que dura apenas dois meses.

"Podíamos rever um pouco as coisas, talvez criar um pouco mais de escassez, como faz a NFL, penso que não seria mau".