Numa jornada suspensa devido à falta de luz natural, os jovens profissionais Daniel Rodrigues e Vasco Alves foram dos primeiros golfistas a concluir a segunda ronda e a assegurar a estreia no ‘cut’ provisório da prova portuguesa do Challenge Tour, ao totalizarem ambos 139 pancadas, três abaixo do Par.
“Fui muito consistente como ontem. Foi uma volta um bocadinho diferente, mas um ‘bogey’ (buraco 12) ao final de dois dias é muito positivo e vou levar isso para o fim de semana. É sempre bom passar essa etapa (‘cut’). Senti que nos últimos dois dias podia estar muito mais à frente, mas é sempre positivo passar o ‘cut’”, confessou Daniel Rodrigues, de 22 anos, que passou o quinto ‘cut’ em sete torneios pontuáveis para o Challenge Tour.
Ao contrário do jovem de Miramar, a jogar a primeira temporada como profissional, Vasco Alves vai estrear-se nos últimos 36 buracos de um torneio da segunda divisão do golfe europeu, após garantir uma vaga no grupo dos 12 golfistas que partilham o 34.º lugar do ‘leaderboard’.
“É uma sensação muito boa. Tento não pensar no ‘cut’ em todas as voltas, mas é algo que realmente existe e, quando estamos muito próximos, é sempre muito stressante. Este ano já tive alguns desgostos, falhei o ‘cut’ nos últimos dois torneios por uma pancada e por um jogador, o que é bastante raro. Portanto, passar o ‘cut’ em casa, rodeado de pessoas que querem o meu bem, sabe ainda melhor”, confidenciou, após considerar ter feito “um jogo bastante sólido.”
Assim como os compatriotas, o campeão nacional de profissionais, Tomás Bessa, também assegurou a manutenção em prova, ao contabilizar as mesmas 139 pancadas, três abaixo do Par, embora não tenha sido tão eficaz quanto na jornada inaugural no traçado desenhado pelo malogrado Seve Ballesteros na zona oeste.
“Foi um dia bem conseguido, porque cometi alguns erros estratégicos, sobretudo nos ‘shots’ ao ‘green’, onde fui um bocadinho agressivo a acabei por pagar por isso. Mas senti-me bem, aliás melhor do que ontem, estou bastante confiante e consegui recuperar desses erros. O resultado não espelha obviamente a qualidade de jogo que pratiquei hoje”, considerou o jogador de Paredes, depois de juntar hoje três ‘bogeys’ (uma acima) e um ‘duplo bogey’ (duas acima) a cinco ‘birdies’ (uma abaixo).
Já Pedro Figueiredo, apesar de partilhar provisoriamente o 34.º lugar da tabela classificativa, igualmente com três pancadas abaixo do Par, é um dos 39 jogadores com a segunda volta por concluir.
“Já não se via muito bem, os ‘greens’ já estavam muito pisados, eu tinha um ‘shot’ no 18 com vento contra e, tendo a opção de não concluir hoje, penso que terei melhores condições amanhã de manhã”, explicou o profissional português do Challenge Tour, confessado ter preferido não arriscar estando “no limite do ‘cut’ e quando todos os detalhes ajudam.”
O líder provisório da 63.ª edição do Open de Portugal, dotado de 300 mil euros em prémios monetários e que atribui dois mil pontos para o ranking, é o espanhol Quim Vidal, com um agregado de 10 abaixo, quando ainda tem três buracos para encerrar a segunda ronda, e a vantagem mínima sobre o escocês David Law.