Não foi um dia feliz para o profissional de Paredes. Depois do resultado histórico a abrir o torneio, com 63 pancadas, nove abaixo do Par, o melhor resultado de um jogador português nas quatro edições do torneio que decorre no Royal Óbidos Golf Resort, Bessa completou os segundos 18 buracos com 74 ‘shots’ (+2).
“Foi um dia muito aquém do que esperava que fosse. Estive mal do princípio ao fim. Em relação a ontem (quinta-feira), parece que quase desaprendi de jogar. O golfe trama-nos desta maneira, um dia parece que não conseguimos falhar um ‘shot’ e no dia seguinte não vemos maneira alguma de ver a bola ir para onde queremos. Foi isso que aconteceu hoje, tentei lutar com aquilo que tinha, mas amanhã (sábado) é outro dia”, lamentou.
Bessa, líder ao final da volta inaugural, assinou hoje quatro ‘bogeys’ (uma acima), um ‘duplo ‘bogey’ (duas acima) e apenas dois ‘birdies’ (uma abaixo), para um agregado de 139 pancadas (63+76), que o empurrou para o 23.º lugar do ‘leaderboard’.
“Abala-me e deixa-me um bocado triste, mas o objetivo (melhorar o sexto lugar conquistado em 2022) é alcançável. Estou próximo do top-10 e dos líderes, se fizer um bom fim de semana”, defendeu o profissional de 27 anos.
Já Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos tiveram de lutar até ao fim para integrar o lote dos 75 apurados para as últimas rondas do torneio português, dotado de 250 mil euros em prémios monetários.
Após a estreia com 70 pancadas, Melo Gouveia completou os segundos 18 buracos no Par do campo, passando no limite o ‘cut’, que ficou fixado nas duas pancadas abaixo do Par e deixou os portugueses Pedro Lencart, Vítor Lopes, Tomás Gouveia e João Pinto Basto fora da prova.
“Não foi o dia que esperava, mas estou muito orgulhoso pela maneira como lutei nos últimos buracos para jogar no fim de semana”, confessou o número 21 no ranking do Challenge Tour, assegurando que no sábado vai “tentar fazer um bom resultado para subir na tabela”.
Ricardo Santos, por sua vez, foi mais eficaz nos ‘greens’ hoje e juntou às 73 pancadas (+1) da abertura um segundo cartão com 69 ‘shots’ (-3), permitindo-lhe passar o ‘cut’ do Open de Portugal pela quinta vez na carreira.
“Diria que não joguei tão bem como ontem (quinta-feira), mas a diferença foi nos segundos buracos começar a meter os ‘putts’. Nos primeiros nove foi como ontem (quinta-feira), mas depois patei muito bem e daí o resultado. Estou bastante satisfeito com o jogo e agora mais satisfeito com o putt, que é a chave do jogo”, sublinhou o jogador do DP World Tour.
Enquanto Tomás Bessa cedeu hoje, o espanhol Manuel Elvira, a jogar no mesmo grupo de Ricardo Melo Gouveia, protagonizou mais uma exibição consistente e, com um total de 132 pancadas (66+66), assumiu o comando do torneio.
“Joguei muito bem, tal como ontem (quinta-feira), e o resultado mostra isso. Fiz um ‘bogey’ em dois dias. Estou muito contente, estive sempre em posição e criei muitas oportunidades de ‘birdie’”, avançou o jovem espanhol, que vai partir para a terceira volta com a vantagem mínima sobre o inglês Marco Penge.