No seu último treino para o PGA Championship, dentro de duas semanas, o jogador de 28 anos da vizinha Dallas terminou os 72 buracos com 31 abaixo do par 253 no TPC Craig Ranch em McKinney, Texas.
Este resultado igualou o total de pancadas mais baixo em quatro voltas num evento do PGA Tour, partilhado pelo sueco Ludvig Aberg no RSM Classic de 2023 e pelo americano Justin Thomas no Sony Open de 2017.
O japonês Hideki Matsuyama estabeleceu o recorde do PGA de 72 buracos em relação ao par, com 35 abaixo de 257, para vencer o Sentry deste ano no campo Kapalua de par 73.
Scheffler, que venceu nove vezes em todo o mundo no ano passado, conquistou o seu primeiro título de 2025 depois de ter jogado 63 abaixo do par (8 abaixo) para derrotar o sul-africano Erik van Rooyen por oito pancadas.
"Este torneio significa muito para mim. Foi a minha primeira partida como profissional há 11 anos e a minha irmã foi minha caddie", disse Scheffler emocionado, enquanto se engasgava ao segurar o seu filho Bennett, cujo nascimento em maio passado o fez perder o Byron Nelson de 2024.
"Parece uma vida inteira de trabalho árduo e sacrifício por pequenos momentos como estes, que são muito especiais", acrescentou.
O atual campeão olímpico Scheffler conquistou o 14.º título da sua carreira no PGA Tour e o primeiro triunfo desde o Hero World Challenge invitational de dezembro passado, um evento não oficial.
Foi a vitória mais folgada no Byron Nelson desde que Sam Snead ganhou por 10 pancadas em 1957.
Scheffler tornou-se apenas o terceiro vencedor do evento, depois dos americanos Mark Hayes em 1976 e Tom Watson em 1980.
Scheffler, o primeiro jogador da zona de Dallas a ganhar o evento desde 2007, conquistou o seu nono título em 14 oportunidades, com uma vantagem de 54 buracos no PGA Tour. Foi o seu quinto título consecutivo nessa situação e o primeiro desde o Tour Championship do ano passado.
Depois do seu melhor início de carreira em 36 buracos, com voltas de 61 e 62, Scheffler fez 66 pancadas no sábado para uma vantagem de oito pancadas, a maior num evento da PGA após 54 buracos desde que Rory McIlroy liderava por oito no seu caminho para ganhar o seu primeiro grande título no US Open de 2011 no Congressional Country Club, perto de Washington.
Scheffler fez um birdie putt de 13 pés no segundo buraco de domingo e depois de sofrer um bogey no terceiro buraco, Scheffler fez birdies nos quatro buracos seguintes - cada putt de oito pés ou menos - seguido de um eagle putt de 20 pés no par cinco do nono buraco.
Scheffler acrescentou um putt de seis pés para birdie no 11.º, um putt de quatro pés para birdie no 14.º e um putt de sete pés para birdie no 15.º par-três, antes de sofrer um bogey no 17.º par-três.
Scheffler chegou ao tee no par 5 do 18.º buraco a precisar de um birdie para bater o recorde de 72 buracos.
Depois de ter batido 303 jardas do tee para o fairway, Scheffler encontrou um bunker do lado do greenside e bateu para oito pés, mas falhou o putt para birdie para o recorde individual, batendo para par para completar uma semana devastadora.
Spieth faz 62
Jordan Spieth, três vezes vencedor de grandes torneios e a recuperar de uma cirurgia ao pulso esquerdo em agosto passado, fez 62 pancadas na ronda final para terminar em quarto lugar com 265 pancadas, uma pancada atrás do também americano Sam Stevens.
Foi a ronda mais baixa de Spieth na PGA desde 2021 e acontece duas semanas antes de tentar completar um Grand Slam da carreira no PGA Championship em Quail Hollow, em Charlotte, Carolina do Norte.
"O objetivo final é um jogo consistente, mas não é evitar o bogey ou algo do género. Não estou a mudar de estratégia", disse Spieth.
"É que a minha mecânica está a melhorar um pouco a cada semana. Estou a conseguir fazer coisas suficientes que talvez não tenha conseguido fazer no ano passado e que talvez o meu pulso me estivesse a impedir, não tenho a certeza", acrescentou.