Erling Haaland parece de outro planeta. Talvez não seja o mais técnico, mas é certamente o que menos precisa para marcar. O avançado norueguês tem vindo a provar isso desde aquele Mundial Sub-20 em que marcou nove golos às Honduras. Desde então, tem estado acima da média em muitos dos clubes por onde passou. Noutros, esteve perto.Também ao nível das seleções. E o dado impressiona: em sete equipas por onde passou, supera o golo por jogo.
Os primeiros passos foram no Bryne. Apesar de ter nascido em Leeds, mudou-se para a cidade norueguesa com apenas três anos e aos cinco já jogava nas camadas jovens do Bryne. Com 15 anos estreou-se na equipa B, mas antes disso, primeiro nos Sub-16 (14 golos em 10 jogos) e depois nos sub-19, marcou oito em seis partidas antes de subir ao Bryne II, onde deixou 18 golos em 14 encontros. Graças a esses números, foi promovido à equipa principal, precisamente um degrau que ficou como uma espinha na sua carreira. Não conseguiu marcar em nenhum dos 16 jogos que disputou antes de assinar pelo Molde aos 17 anos.
Em paralelo, iniciou a carreira internacional nas seleções jovens da Noruega. Nos Sub-19 ficou acima da média com os 11 golos que marcou em dez jogos. Nos Sub-20, foram 11 em cinco partidas – com aquele jogo memorável de nove golos no Mundial.
Depois de passar pelo Molde com bons números – mas mais humanos –, já maior de idade, chegou ao Salzburgo e começou a construir o seu nome na Europa. Os 29 golos em 27 jogos convenceram rapidamente o Borussia Dortmund. Foi o último clube em que esteve acima de um golo por jogo. Até que, nos últimos meses, conseguiu ultrapassar essa marca também na seleção principal da Noruega. Já soma 55 golos em 48 jogos pela sua seleção. Haaland foi peça fundamental nesta fase de qualificação da equipa nórdica para garantir o bilhete já confirmado para o Mundial.
Manteve também excelentes marcas no Borussia Dortmund – 86 golos em 89 jogos – e agora no Manchester City – 143 em 161 –, ficando perto de atingir a média de um golo por encontro, algo sempre difícil e de grande mérito nas melhores ligas do mundo. No seu caso, nada é impossível.
O mesmo cenário nas competições
Essa facilidade fora do comum para estar acima de um golo por jogo também se reflete em torneios específicos. Na Champions, a grande competição de clubes por excelência, o norueguês apresenta números impressionantes e já chegou aos 54 golos em 52 partidas. Também está acima na Liga das Nações – 19 em 16 –, na fase de qualificação para o Mundial – 21 em 14 – ou na Taça da Alemanha – oito em sete –, entre outras.
Ficou perto de o conseguir na Bundesliga – 62 em 67 – e também está a rondar essa marca na Premier League, onde está a um golo de atingir os 100 na competição inglesa, depois de já ter disputado 108 jogos.
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