Paulo Freitas (selecionador de Portugal):
“Os meus parabéns à França, que continua a crescer, consubstanciada num conjunto de atletas de enorme qualidade e com um crescimento fantástico.
Sobre o jogo de hoje, é inquestionável a nossa vitória. Fomos uma equipa de animais, adequando esse grau animalesco numa equipa com alma e muita razão. Fomos uma equipa muito inteligente, querendo controlar o marcador. Estávamos aqui para ser campeões de Europa e não para dar show de ópera.
Eu percebo a frustração, mas sou uma pessoa empática e nem me dá vontade de comentar. As regras estavam definidas e isso não aconteceu nas meias-finais. Sem tirar mérito à equipa francesa, hoje fomos muito superiores à França.
Poderíamos ter feito uma grande fase de grupos como a Espanha, mas a Espanha ontem (na sexta-feira) foi eliminada por nós.
Foi uma alegria imensa e foi fantástico liderar este grupo. Fiz o meu melhor, tomando decisões sem ir contra ninguém. Como alguém diz: Aos burros não se dá conversa, dá-se palha. Viva Portugal!”.
Rafa (hoquista de Portugal):
“No primeiro dia que vim para o espaço da seleção, nem nos melhores sonhos pensava acabar assim (referindo-se ao anúncio da saída da seleção).
É sempre bom sair a ganhar, com família e amigos na bancada. Muito orgulho ter representado o meu país. Esta geração devia ter ganhado mais, agora a vida segue.
Somos os primeiros a não estar contentes com o que fizemos na fase regular, mas tentámos sempre agarrar-nos ao que de bom fizemos. Reunimos, depois do jogo da França, unimo-nos e demonstrámos a grande equipa que somos. Nunca duvidámos da qualidade e demonstrámos ontem (na sexta-feira) e hoje (no sábado) que fomos uns justos vencedores, neste formato de competição.
Somos alvos de muitas críticas, estamos sujeitos a isso, aconteceu no FC Porto e aqui e acabámos por ganhar. Percebemos que a força desta equipa tinha de começar atrás, de trás para a frente, e foi o passo que demos, defendendo bem e dar o mínimo de contra-ataques. E os golos começaram por aparecer".
Nuno Lopes (selecionador da França):
“Com todo o respeito por Portugal, que acabou por vencer, mas o primeiro golo nasceu de um erro individual nosso. Sofremos mais dois golos em bolas paradas e, mesmo no último, não tivemos felicidade.
Um golo nosso teria relançado o jogo e intranquilizado Portugal, mas chegou tarde, até porque demos uma parte de avanço.
Fizemos faltas desnecessárias e, o que vou dizer pode soar deselegante, mas não vejo mérito nenhum em Portugal. Uma equipa que vence apenas um jogo num Campeonato da Europa não pode ser campeã, é a minha opinião.
Já dei os parabéns a Portugal, neste palco magnífico, com uma organização exemplar, mas não concordo, nem aceito que quem ganha um único jogo seja coroado campeão.
Fizemos um grande Europeu e não ficamos contentes com o segundo lugar. Resta-nos aceitar e continuar a trabalhar”.