Edo Bosch (treinador do Sporting):
"Hoje foi um dia muito bom, primeiro vamos celebrar antes de pensar no resto. Esta equipa merece, porque lutou muito. Digo sempre que as grandes equipas não se veem quando ganham, mas sim pela rapidez com que se levantam quando caem.
Desde o início do jogo, notei que a equipa estava cansada, não apenas pelo jogo de ontem (na quarta-feira, frente ao Benfica), mas porque, retrocedendo uns dias, esta equipa teve um jogo no Dragão, no domingo, muito desgastante também. Quando não há físico, aparece no hóquei algo que esta equipa tem a mais do que as outras, uma alma terrível, um coletivo enorme. Havia muitos jogadores a quem só faltava este título, hoje o hóquei foi justo com eles.
(Primeiro título em competições nacionais da carreira) Para mim, era importante ganhar, porque os jogadores queriam muito esta taça e eu também a queria. Já me tinham fugido nos últimos anos algumas. Espero que seja a primeira de muitas pelo Sporting e valeu, sobretudo, por termos rompido este jejum de 35 anos, o que é especial. Fico feliz por ganhar, mas sobretudo por ganhar com esta equipa".
Ângelo Girão (jogador do Sporting):
"Agora, é muito fácil dizer que somos uma equipa unida, que está tudo bem e que vamos lutar por títulos, mas esta equipa já passou por vários dissabores, este ano, coisas que facilmente poderiam despedaçar um grupo. Nós mantivemo-nos sempre unidos, o Edo Bosch ajudou-nos bastante nisso.
Hoje, ao contrário de ontem (quarta-feira), em que estava empolgado para jogar, senti que era uma última oportunidade para conseguir uma Taça de Portugal e estava muito nervoso. Ao longo deste trajeto de 11 anos, conseguimos conquistar quase tudo, só nos faltava esta taça.
Esta vitória traz confiança para o campeonato, que vai ser muito difícil. O Benfica, neste momento, é a melhor equipa do mundo, o FC Porto é o atual campeão nacional, com uma equipa fortíssima, e o Óquei de Barcelos está a fazer uma época excelente".
Nuno Resende (treinador da Oliveirense):
"Foi um jogo espetacular, numa época que tem sido muito difícil. Temos tido muitas contrariedades, mas estivemos em três finais, discutimos a Elite Cup até à última, vencemos a Taça Continental e estivemos a um grande nível nesta 'final four'. Hoje houve dois ou três momentos fundamentais, quando o Sporting vira o resultado, em lances em que teve mérito, mas também muita felicidade.
Tivemos duas bolas ao poste que também demonstraram que, se calhar, este dia não era para nós. Depois, houve três ou quatro situações de arbitragem em que as equipas do nível da Oliveirense, que não o das equipas grandes, acabam sempre por pagar muito caro. Ficou por marcar um cartão vermelho claríssimo por agressão do Toni Pérez ao Di Benedetto.
Estamos orgulhosos do que estamos a fazer, sabendo que isto é tudo para reestruturar, com todas as condicionantes que temos tido. Não têm surgido os resultados que queríamos, mas, para o próximo ano, a equipa será mais à minha imagem, inserida no que será o projeto para os próximos tempos".
Marc Torra (jogador da Oliveirense):
"É um bocado difícil expressar o que sinto. Só quero agradecer à equipa pela identidade que mostrou nos 60 minutos.
Tivemos muitas adversidades, mas mostrámos a calma e serenidade de que precisávamos. Competimos até onde nos deixaram, nunca na minha carreira falei de coisas que não podia controlar, mas sentimos hoje que a equipa de arbitragem quis ser mais importante do que as outras duas.
Na minha humilde opinião, fizemos o suficiente para ganhar esta taça e, portanto, estamos tristes. Anteriormente, tivemos jogos em que fomos capazes do melhor e do pior. Aqui, acho que fizemos um grande jogo durante 50 minutos, com confiança, apesar de termos entrado a perder no último minuto. Esta equipa está habituada a levantar-se, a dar a cara, para aparecermos bem no primeiro jogo do play-off".