Rui Neto (treinador do Óquei de Barcelos):
“Esta derrota em nada belisca a época fantástica que fizemos. Resta-me dar os parabéns ao FC Porto, porque foi melhor do que nós.
Hoje faltou algum discernimento e lucidez dentro da pista e acabámos por oferecer três golos ao adversário. O desgaste de uma época inteira acabou por se sentir hoje e o FC Porto aproveitou para marcar em momentos decisivos.
Lutámos até ao fim com as armas que tivemos, mas não foi possível fazer mais. É sempre bom ver assim o pavilhão (esgotado, com 2.500 espetadores), com muita gente a apoiar, mas a verdade é que quem fica na memória são os campeões”.
Ricardo Ares (treinador do FC Porto):
“Sim (foi o título mais difícil desde que estou no FC Porto). Estivemos muito bem em muitos momentos da época, mas, na ‘reta’ final, inclusive na Liga dos Campeões, houve várias lesões entre jogadores menos utilizados. Foi uma época muito difícil.
Acabámos ‘à Porto’. Quando outros clubes investem e mudam de treinadores, esta equipa mostrou muita qualidade. Este final de época deve ser uma aprendizagem para, na próxima época, não cometermos os erros que cometemos.
Sabemos que as várias equipas, época após época, precisam de retoques para crescer. O repto deste grupo era melhorar. Houve momentos em que não conseguimos, mas, no geral, a equipa esteve muito bem.
O clube não está a atravessar o momento que gostaríamos, que é o de vencer em todas as modalidades, mas estamos unidos e devemos acreditar. A essência do Porto é acreditar até ao fim e ter esta ‘mística’ especial que outros não têm.
Tenho uma relação muito boa com o presidente (André Villas-Boas, que lhe ligou após o jogo). O título é merecido para adeptos e sócios, mas também para o trabalho bem feito, que, a longo prazo, dá sempre resultados. Estou muito contente por oferecer este bicampeonato ao presidente.
Viver dois jogos de fora (do banco de suplentes) é terrível. Nunca me tinha acontecido. Foi muito difícil. As emoções estão acima de tudo. Mas conseguimos gerir esta situação difícil. Houve várias situações difíceis ao longo da época e esta foi a melhor recompensa possível (bicampeonato nacional).
Hoje sou o treinador do FC Porto. Quero celebrar com todos, com os adeptos (a propósito da alegada saída do clube).
Gonçalo Alves (jogador do FC Porto):
“Esta equipa técnica ganhou três títulos nacionais em quatro anos, e isso diz muito deste grupo e do caráter que tem. Esta equipa transforma-se em momentos adversos. Demonstrámos uma grande humildade e uma união enorme. Foi uma grande final e somos uns justos vencedores.
Houve muitas lesões pelo meio, mas superámos isso a cada dia, e é de louvar o esforço de todos. Reunimos as tropas para vencer o campeonato. Não sei se o Ricardo (Ares) fica ou não (no comando do FC Porto), mas sei que foram quatro anos espetaculares desta equipa técnica”.