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Hóquei em Patins: Declarações dos protagonistas após o Óquei de Barcelos-FC Porto (4-3)

Rui Neto, treinador do Óquei de Barcelos
Rui Neto, treinador do Óquei de BarcelosMANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Declarações em conferência de imprensa após o jogo Óquei de Barcelos – FC Porto (4-3), referente à final da Taça Continental de hóquei em patins, disputado este domingo, no Pavilhão Municipal de Barcelos.

Leia a crónica do Flashscore

Rui Neto (treinador do Óquei de Barcelos):

“Foi um grande jogo, digno de uma final da Taça Continental, com duas grandes equipas. Fomos justos vencedores. Além de um título, a importância disto é validar o trabalho que estamos a fazer com uma equipa nova. Ainda não trabalhei com a equipa toda desde que começámos a época. O Luís (Querido) e o Miguel (Rocha) estão aquém das capacidades, mas contribuíram para a equipa. Hoje, o meu guarda-redes (Guillem Torrents) demonstrou que estará ao nível do Óquei de Barcelos, após muita gente o ter colocado em dúvida.

Jogos contra equipas como o FC Porto, o Benfica ou o Sporting nunca os podemos dar como fechados. É muito estranho o golo (do 4-3) em que a bola vinha da tabela de fundo. Foi um jogo equilibrado, com alternâncias de domínio. Fomos melhores por mais tempo. Estou muito orgulhoso. Já tinha perdido dois títulos aqui. Para mim, foi importante quebrar essa malapata.

O ano de 2025 vai ficar gravado como o melhor de sempre para mim, porque são muitos títulos (Liga dos Campeões e Taça Continental). Tivemos uma sangria enorme do plantel, mas procuramos estar sempre estar nas decisões, embora não prometa (mais) títulos. Este título aumenta o museu, não aumenta a responsabilidade para o que resta da época. Em alguns aspetos, estamos ainda um patamar abaixo do FC Porto, do Benfica e do Sporting. Competimos com eles, mas eles têm mais probabilidades de ganhar mais vezes”.

Paulo Freitas (treinador do FC Porto):

“Dou os parabéns ao Óquei de Barcelos. A primeira parte foi muito segura e controladora. Há duas desconcentrações que não podem acontecer. Uma logo após o 1-0. Sabíamos que era importante estar na frente, para tirar paciência ao Óquei de Barcelos. Ia abrir espaço para podermos finalizar. Levámos logo o golo do empate. A equipa sentiu em demasia esse revés. Não podemos levar o segundo golo em transição. O resultado (ao intervalo) era injusto face ao que produzimos na primeira parte.

Sofremos mais um golo em transição (na segunda parte). A equipa estabilizou e entrou novamente no jogo. Depois, expusemo-nos no momento final. Sabemos que aquele golo sentencia o jogo (o do 4-2). Trabalhámos até ao fim. Saímos daqui frustrados e tristes. Queremos conquistar títulos. Errámos, mas errar é humano. Queremos corrigir e evoluir. Na quarta-feira, voltamos ao campeonato nacional (na visita ao Benfica) e queremos dignificar a camisola do clube.

Esta equipa tem muita qualidade individual. Está habituada a ganhar. Temos de gerir melhor alguns momentos do jogo. Por vezes, parece uma equipa um bocadinho ansiosa, porque tem ‘fome’ de ganhar e quer entregar títulos aos adeptos. A equipa era apelidada de defender mal, mas a equipa não defendeu mal em quatro contra quatro. Cometeu alguns erros.

Não gostei da arbitragem. Deixar ficar os melhores árbitros no videoárbitro e deixar ficar alguns árbitros que cometem erros em determinados ambientes é estranho. Ainda é mais estranho quando os árbitros são avisados para ir ao VAR por três vezes e não vão”.

Carlos Ramos (jogador do Óquei de Barcelos):

“É um sentimento de orgulho enorme, porque temos vindo a trabalhar com dificuldades. Não começámos a época com a equipa completa e tivemos pequenas lesões. Esta equipa mostrou ter um enorme caráter. Vamos dar tudo para ganhar mais títulos. Estou muito contente por conseguir o primeiro título pelo Barcelos. Espero que seja o primeiro de muitos”.