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Hóquei em patins: Declarações dos treinadores após o FC Porto-Sporting (3-4)

Sporting venceu o FC Porto no prolongamento, em Odivelas
Sporting venceu o FC Porto no prolongamento, em OdivelasSporting CP

Declarações após o jogo FC Porto-Sporting (3-4, após prolongamento), a contar para a Supertaça António Livramento de hóquei em patins, realizado este sábado no Pavilhão Multiusos de Odivelas.

Leia a crónica do Flashscore

Paulo Freitas (treinador do FC Porto): 

“Na primeira parte, acho que fomos superiores ao Sporting mais tempo. Depois do 2-0, temos a possibilidade de jogar em superioridade numérica e não fomos eficazes nesse momento. Um minuto depois de o Sporting repor o seu quarto jogador, levámos o 2-1 e a equipa abalou um bocadinho. Voltámos a retificar e estar mais confortáveis, na frente por dois golos, mas acabámos por sofrer novo golo.

Na segunda parte, obviamente que o Sporting ia ter mais iniciativa e encostar-nos mais, mas conseguimos controlar e ser criteriosos na forma como chegámos a baliza. A três minutos do final, num lance algo confuso, não sei se o meu jogador é impedido de discutir o lance ou não, sentimos em demasia o empate do Sporting.

No prolongamento, cometemos um erro, em que libertámos o jogador na cara do guarda-redes. A partir daí, só deu FC Porto. Muito tristes com o resultado, não era o que pretendíamos, mas saímos bem vivos. Percebemos que será uma época dura e difícil, mas vamos lutar e entrar nos momentos de decisão, para dar alegrias aos adeptos.

Três árbitros em pista e continuo sem perceber muita coisa disto. Assisti a árbitros longe dos lances a chamar a atenção a quem estava perto do lance, para penalizar jogadores do FC Porto. Quero que os critérios sejam os mesmos, que tenham margem para errar, mas três árbitros em pista é demasiado. Estamos sempre disponíveis para experimentar e contribuir para a evolução da modalidade, mas sentimos que há desvio de critérios e acho que isso não é bom para ninguém”.

Edo Bosch (treinador do Sporting):

“Chegámos aqui um bocado cansados. Só grandes equipas conseguem fazer o que estes rapazes fizeram. Tivemos muitos jogos em 12 dias, com duas viagens de mais de 10.000 quilómetros, a perder por dois golos duas vezes contra uma excelente equipa... Esta equipa uniu-se ainda mais quando estava a perder e foi em busca de uma coisa muito difícil. Conseguiram e mereceram.

Chegámos terça-feira muito cansados, mas muito felizes pela conquista do Mundial. O ‘staff’ trabalhou muito bem para recuperar a equipa. Treinámos um dia e pouco mas centrámo-nos em recuperar os jogadores e essa foi a ‘chave’ do jogo. O FC Porto sabia que podíamos estar cansados e meteu um ritmo muito alto. Conseguimos aguentar, sofremos dois golos, mas nunca baixamos os braços. O segredo deste jogo não foi tático ou individual, foi coletivo. É a alma desta equipa.

É muito mais fácil trabalhar sobre vitórias, No ano passado, as coisas não começaram bem. Fomos eliminados da Liga dos Campeões no início, mas era um grupo forte, que conseguiu recuperar. Podíamos ter perdido hoje, mas o orgulho que sinto nestes jogadores faz-me continuar a acreditar a 200% neles. Mostram-me todos os dias que querem muito, têm muita fome e não ficam tranquilos só com esta conquista, querem muito mais ao longo do ano”.