Já sob as novas regras de arbitragem, as duas equipas subiram à quadra já a saber do resultado dos rivais do grupo e, por isso, com necessidade redrobada de pontuar para não perder o comboio da liderança. Num pavilhão bem composto, coube a Xano Edo a primeira necessidade de mostrar serviço com três boas defesas do próximo guarda-redes do Sporting.
A turma de Paulo Freitas, em era de transição, começou por responder por intermédio de Gonçalo Alves e Miguel Rocha, este último a ficar muito perto do tento inaugural por duas vezes. O guardião italiano Zampoli começou a mostrar serviço, vencendo o frente a frente com Zé Miranda, antes de Alvarinho acertar no ferro.
Do outro lado, o típico cinismo italiano transplantado do futebol: contra-ataque rápido de Ipiñazar com passe na altura certa para o remate de primeira de Andrea Malagoli, que entrou pelo buraco da agulha. E valeu que Xano Edo estava inspirado, a fazer mais uma excelente defesa para evitar o 0-2, agora de Giulio Coco (ex-FC Porto).
Do outro lado, Zampoli ainda teve de meter o capacete para travar um remate forte, mas nada pôde fazer quando Alvarinho desferiu um remate cruzado e rasteiro, que lhe passou por debaixo do stick, assinalando o empate a um minuto do descanso.
A segunda parte começou com mais do mesmo: mais uma série de belíssimas intervenções de Xano Edo a segurar o empate. Aos 24 anos, o filho de Edo Bosch mostrou ser o presente e futuro entre os postes da seleção nacional. Na outra baliza, situação mais calma até que Alvarinho acertou na trave. Nem o livre direto após a 10.ª falta transalpina ajudou a desatar o nó, visto que Gonçalo Alves não conseguiu ultrapassar Zampoli. No entanto, um minuto depois, Rafa conseguiu enganar o italiano e fez a reviravolta.
A resposta dos comandados pelo grande Alessandro Bertolucci foi imediata: Ipiñazar levantou a meia altura para a área, Xano Edo tentou afastar para a frente, o esférico bateu em Gonçalo Alves e rolou para o 2-2. Na saída de bola, Hélder Nunes roubou o esférico e Zampoli travou Gonçalo Alves, no contra-ataque Alessandro Verona estava totalmente sozinho frente a Edo e colocou a bola no ângulo, para nova reviravolta.
Em dois minutos, a vantagem de 2-1 dissipou-se e transformou-se num 2-3. Nem a magia de Rafa - que isolou Miguel Rocha com um passe entre as pernas -, nem o livre direto de Alvarinho - que escorregou no momento de rematar - e nem sequer a vantagem numérica deram alento à remontada.
Nos últimos instantes, não faltaram momentos de emoção com Portugal a ficar muito perto e a falhar sempre por centímetros o empate. No entanto, a Itália e Zampori fecharam a baliza a sete chaves e garantiram um triunfo importantíssimo nesta fase de grupos, que dá alento à turma de Bertolucci. Na terça-feira, a equipa das quinas volta a quadra para enfrentar a França, às 21:45, que perdeu pela margem mínima com a Espanha (2-1).
Portugal persegue um título que lhe escapa desde 2016, quando ergueu pela 21.ª vez o troféu e reforçou o estatuto de recordista, com mais dois títulos do que a Espanha, atual tricampeã.