A seleção portuguesa terminou a fase de grupos com três derrotas, um registo histórico, mas pelos piores motivos. Só na década de 30 do século passado Portugal tinha perdido três jogos numa única edição de um Campeonato da Europa, o que sublinha a dimensão da desilusão nesta campanha.
No entanto, para dissipar a nuvem cinzenta que pairava sobre a equipa, a seleção nacional, orientada por Paulo Freitas, conquistou uma vitória expressiva por 11-2 frente a Andorra, líder do Grupo B. Um triunfo esperado, mas que pode e deve servir de injeção de confiança para enfrentar a exigência máxima do próximo desafio: as meias-finais do Europeu.
Alvarinho abriu caminho
Alvarinho foi a grande figura do arranque do encontro, ao marcar três golos nos primeiros 11 minutos, dando expressão e volume ao domínio claro de Portugal desde o apito inicial.
Apesar da entrada demolidora, Javier Patau ainda reduziu para Andorra a meio da abertura de gala de Alvarinho, mas a resposta lusa foi imediata e arrasadora. Hélder Nunes (12’), Gonçalo Alves (17’), Rafa (23’) e Miguel Rocha (23’ e 24’) ampliaram a vantagem, dando contornos de goleada ao marcador.
Com uma vantagem confortável ao intervalo, Portugal pôde encarar a segunda parte com outra tranquilidade e já com os olhos postos no próximo desafio das meias-finais do Europeu.
Gonçalo Alves (35’) assinou o nono golo de Portugal com um remate certeiro em zona frontal, mas Bernat Picanyol reduziu para Andorra na conversão de uma grande penalidade (42’).
Já com o ritmo de jogo mais controlado, mas mantendo a eficácia, Portugal ainda marcou mais dois golos, através de Miguel Rocha (43’) e Alvarinho (45'), selando uma exibição de autoridade rumo às meias-finais do Europeu.
Que venha a Espanha!
O próximo adversário da equipa das quinas será precisamente o carrasco do último Euro (2023), a Espanha, uma equipa que Portugal conhece bem. As duas seleções já se defrontaram nesta edição em Lordelo, num encontro em que a formação portuguesa saiu derrotada por 3-1.
As meias-finais estão marcadas para esta sexta-feira, às 21:45, num jogo que será decisivo para perceber até onde pode ir a seleção portuguesa nesta competição.
Síntese do Europeu de Hóquei:
Para chegar às meias, a Espanha banalizou a Áustria, com um 12-1 em que o tento de honra de Hagspiel surgiu quando os austríacos perdiam já por 10 – Nil Roca, do Benfica, apontou dois, Roc Pujadas, do Sporting, outro bis, o dragão Pol Manrubia fez um.
Llorca, Martí Casas, um bis de Elói Cervera e outro de Sergi Aragonês, e mais um golo de César Carballeira deram expressão ao triunfo ibérico.
Ante a Alemanha, a França deu mostras de força e venceu por claros 6-0, graças a dois tentos de Remi Herman, do Sporting de Tomar, outros dois de Bruno Di Benedetto, da Oliveirense, um do irmão, Carlo, do FC Porto, e ainda outro de Corentin Turluer.
Com encontro marcado com os franceses, na sexta-feira, está a Itália, que também entrou na ronda de goleadas expressivas que definiu os quartos de final ao aplicar chapa 10 à Suíça.
O ex-FC Porto Giulio Cocco foi a grande figura, ao apontar quatro golos, um acima do hat trick de Alessandro Verona, do Sporting – Ipiñazar, Checco e Pozzato ajudaram a chegar à dezena.
A 56.º edição do Campeonato da Europa de hóquei em patins termina no sábado.