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Hóquei em patins: Portugal saboreia doce vingança sobre a França e é campeão europeu (4-1)

Atualizado
Portugal dominou de início ao fim para conquistar o troféu
Portugal dominou de início ao fim para conquistar o troféuFPP
A seleção nacional de hóquei em patins sagrou-se campeão europeia pela 22.ª vez ao vencer a França por 4-1, na final do torneio disputada este sábado em Paredes. Rafa Bessa, por duas vezes, Alvarinho e Gonçalo Alves fizeram os golos que lançaram a festa nas bancadas e permitiram a Portugal levantar um troféu que já escapava há nove anos (2016, Oliveira de Azeméis). Já os gauleses são vice-campeões europeus pela segunda vez na história.

Os franceses, treinados pelo português Nuno Lopes, e liderados pelo clã Di Benedetto entraram em pista com toda a moral e razão para isso. Venceram com justiça o duelo da fase de grupos por 1-3 e dominaram a Itália nas meias-finais apesar do marcador 9-5 indicar uma história diferente. Por seu lado, a turma de Paulo Freitas encontrou a sua melhor versão na melhor altura possível realizando uma grande partida frente a Espanha nas meias-finais.

Exibição imaculada...

O primeiro jogo ficou marcado pela fisicalidade imposta pelos franceses que tentaram - e conseguiram - desestabilizar os jogadores portugueses para levar a toada para onde queriam. Desta vez, e com a confiança em alto, seria importante manter a estabilidade emocional e não voltar a cometer os mesmos erros, apesar dos primeiros minutos trazerem mais do mesmo: choques e bloqueios no limite da legalidade. 

As duas equipas não se expuseram em demasia no arranque da partida. Foi preciso um momento de inspiração e um toque de sorte - que não pode ser só para os outros -, para ver as redes a mexer a favor de Portugal. Rafa Bessa, numa bela jogada individual, deixou dois adversários pelo caminho antes de atirar a baliza, a bola desviou num stick francês e entrou por entre as pernas de Pedro Chambell

Os gauleses não mudaram o modus operandi e chegaram às 10 faltas ainda antes dos 20 minutos iniciais. Era a oportunidade perfeita para aumentar a vantagem: Alvarinho assumiu a cobrança, partiu para cima do guarda-redes, simulou o remate e colocou o esférico no ângulo, fazendo o 2-0. A vantagem manteve-se até ao intervalo, assegurada por um Xano Edo muito confiante entre os postes.

Nuno Lopes não rodou a equipa na primeira parte e o desgaste do cinco inicial fez-se sentir com menos de cinco minutos da segunda parte, numa grande penalidade claríssima de Roberto di Benedetto. Tal como na sexta-feira, Gonçalo Alves assumiu a marcação, respirou fundo e disparou para o fundo das redes para o 3-0. Uma coisa era certa, esta não era a mesma equipa da fase de grupos. 

Até acontecer o bizarro

Demorou, mas as rodas começaram a engrenar e, nesta final, a seleção nacional atingiu o ponto de rebuçado, todos os elementos estavam em grande, a começar por Xano Edo intransponível entre os postes. A cereja no topo do bolo poderia ter chegado num lance fenomenal de Gonçalo Alves, que trocou as voltas aos adversários, mas Chambell negou-lhe o melhor golo do torneio. 

Pouco aconteceu até aos momentos finais até que, a um minuto e meio do fim, houve grande penalidade para a França, com cartão azul para Luís Querido e 20 segundos adicionados ao relógio... Mas entre os postes havia um gigante Xano Edo, que segurou o castigo máximo e a recarga.

Mas não ficaria por aqui, os franceses arriscaram no 5 para 3 e reduziram a desvantagem graças a um desvio com o patim de Bruno di Benedetto. Apesar da revisão através do vídeo, o tento foi validado.

Ponto final, parágrafo e TÍTULO

Ainda assim, a 55 segundos do fim, com a equipa remetida dentro da própria área Rafa Bessa intercetou um remate e arrancou para a baliza deserta, para estabelecer o 4-1 final e confirmar o título. O jogador do Sporting foi festejar ao banco com Rafa Costa, hoquista do FC Porto que esta noite disputou o último jogo pela seleção portuguesa.

Xano Edo, Guga Bento, Hélder Nunes, Gonçalo Alves, Zé Miranda, Luís Querido, Rafa Bessa, Rafa Costa, Miguel Rocha e Alvarinho resgataram para Portugal um título que fugia desde 2016 e são os novos heróis dentro da quadra.