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Hóquei em patins: Selecionador feliz pela evolução antes do Europeu

Paulo Freitas, selecionador de Portugal
Paulo Freitas, selecionador de PortugalFPP
Portugal tem crescido na sua dinâmica durante uma preparação de quatro semanas para o Europeu de hóquei em patins, avaliou o selecionador Paulo Freitas, em pleno estágio no Luso, que precede um torneio na Catalunha.

“Estou muito satisfeito com a forma como os trabalhos estão a acontecer e com o grupo, que é alegre e está bem-disposto, motivado e responsável. Estamos a criar uma dinâmica muito interessante, de família, que é importante para se conseguir vencer títulos”, contextualizou à agência Lusa o técnico dos vice-campeões continentais, de 57 anos.

Entre 01 de 06 de setembro, Portugal vai organizar a 56.ª edição do Europeu, em Paredes, estando integrado no Grupo A, ao lado da Itália, da França e da tricampeã Espanha, adversários que enfrenta nos três primeiros dias, no Pavilhão Multiusos Rota dos Móveis.

Na fase seguinte, que vai definir a classificação dos oito finalistas, o conjunto das quinas começará por enfrentar uma das quatro seleções da poule B, formada por Alemanha, Áustria, Andorra e Suíça, em 04 de setembro, visando o acesso à luta pelas medalhas.

“O tempo nunca será uma desculpa e acho que é suficiente para nos prepararmos. Os atletas estiveram de férias, mas cada vez mais percebem, a este nível de rendimento, que o corpo deles é a sua profissão. Estamos a trabalhar há uma semana e meia, mas tivemos o cuidado de enviar planos fora da época. Os jogadores estiveram controlados e chegaram aqui já com condições físicas para não começarmos do zero e iniciarmos o trabalho que estava planeado”, partilhou Paulo Freitas.

Anfitrião pela 15.ª vez, e terceira em Paredes, após 2012 e 2021, Portugal é o país mais titulado na história do Europeu, com 21 troféus, contra 19 da Espanha, mas já não vence desde 2016, numa edição realizada em Oliveira de Azeméis, somando ainda 15 medalhas de prata e nove de bronze.

“Uma condição inegociável é que ninguém estará dissociado do processo defensivo. Continuo a achar que isso é muito importante para conquistar títulos. Não tem tanto a ver com o talento, mas mais com a atitude e a forma coletiva como todos temos de pensar. Se todos estiverem assim, as coisas ficam menos dificultadas para podermos ir ultrapassando barreiras e chegar onde queremos”, vincou.

Em relação ao Mundial de 2024, em Itália, onde Portugal foi quarto classificado e falhou o pódio pela primeira vez em 17 anos, Paulo Freitas manteve metade dos 10 convocados, chamando Guga, Luís Querido, Miguel Rocha, Alvarinho e Rafael Bessa, único sem internacionalizações pelas seleções nacionais.

“Estamos a integrar alguns atletas que vêm a este espaço pela primeira vez e é importante que percebam algumas questões e dinâmicas. Acima de tudo, passo uma mensagem de confiança e de tranquilidade. Admito que ainda se possa sentir alguma pressão e aquela responsabilidade de jogar em casa e ter a obrigação de ganhar. Nesta altura, tudo isso é natural. Durante todo este processo, compete-me fazer com que, no dia 01 de setembro, os meus atletas não tenham as palavras pressão e responsabilidade na mente”, referiu.

Antes do Europeu, Portugal vai participar num torneio preparatório em Cerdanyola, na Catalunha, entre 21 e 24 de agosto, tendo pela frente a seleção local, a Itália e a França, com o objetivo de aferir e aperfeiçoar o seu momento de forma em contexto competitivo.

“Vamos ter uma equipa que não enjeitará a possibilidade de conquistar a Golden Cat. Pelos pergaminhos do país e pelo nosso ADN como pessoas integrantes da Federação de Patinagem de Portugal (FPP) e como grupo, treinadores e jogadores, não podemos fugir disso. Acima de tudo, pretendo ver erros e algumas situações que devam ser corrigidas para estarmos na plenitude das nossas faculdades em setembro”, concluiu Paulo Freitas.