FC Porto 1-0 Sporting
Os leões chegaram ao Dragão Arena depois de vencerem o primeiro duelo por 3-2, mas não podiam contar com o contributo de Facundo Bridge, que rompeu o tendão de Aquiles e será baixa até à próxima temporada.
Os dragões precisavam de vencer para igualar esta semi-final e proporcionaram uma entrada forte no encontro, marcada pelos altos índices de agressividade e poucas faltas assinaladas pelos árbitros, que deram azo a momentos não muito bonitos ao longo de toda a partida. De volta ao que realmente interessa, Xavi Malián, de um lado, e Ângelo Girão, do outro, apareciam como grandes figuras do encontro, segurando o nulo ao intervalo.
Na segunda parte houve mais do mesmo, o FC Porto mais pressionante, o Sporting à procura do contra-ataque e muitos protestos com os árbitros. João Souto era dos mais visados pelo público e, quando foi substituído, mandou uma stickada no banco de suplentes, partindo uma cadeira e aleijando um elemento da própria equipa técnica. Era escusado. Dentro de quadra, Gonçalo Alves lançou uma bomba para uma enorme intervenção de Girão, que ficou com muitas queixas por ter sido atingido numa zona não protegida.

No reatamento, Diogo Barata desviou inadvertidamente o esférico para o próprio poste, que depois bateu em Girão e o guardião teve uma mistura de sorte e reflexos ao evitar o golo em cima da linha. O internacional português em fim de carreira é mesmo um monstro das balizas e continuou Gonçalo Alves, Di Benedetto e companhia. Do outro lado, Rafael Bessa apareceu sozinho na pequena área, mas perante Malián acertou na trave.
A cerca de dois minutos e meio do fim, Henrique Magalhães viu um cartão azul por gancho sobre Rafa, abrindo a porta ao livre direto de Gonçalo Alves, que fuzilou ao ângulo superior, quebrando, finalmente, o muro erguido por Girão. Porém, no minuto seguinte, Edu Lamas atingiu Nolito Romero na cara e também ele foi punido com um azul. Chamado a converter, João Souto enfrentou um coro de assobios, tentou enganar Malián, mas o guardião leu bem a picadinha e segurou a vantagem.
A jogar em power play, o Sporting armou um autêntico assalto com uma salva de remates à baliza, mas Malián ofereceu o corpo ao manifesto e até com o capacete ajudou a segurar o triunfo.
O terceiro jogo entre as duas equipa está agendado para quarta-feira, no Pavilhão João Rocha.
Óquei de Barcelos 4-1 Benfica
Catedral cheia para o reencontro entre as duas equipas depois da vitória das águias no duelo inaugural por 4-3. As águias entraram com tudo e marcaram logo nos primeiros segundos, mas o golo foi anulado porque o remate de Pau Bargalló foi desviado pelo patim de João Rodrigues.
O jogo estava bom, disputado a ritmo alto, mas foi preciso esperar quase 10 minutos para ver as redes a abanar. Chambella trabalhou bem junto à tabela, fletindo para dentro antes de fazer um grande passe para Danilo Rampulla que, em vez de rematar, fez um gancho para enganar Pedro Henriques e inaugurar o marcador.
No entanto, a resposta demorou apenas quatro minutos a surgir... vinda do ar. Numa primeira instância, Nil Roca rematou para defesa relativamente tranquila de Conti Acevedo, mas, com o esférico no ar, João Rodrigues apareceu vindo do nada e, de primeira, atirou para o empate numa execução fantástica. A um minuto do fim, Pedro Henriques evitou três grandes oportunidades consecutivas do Barcelos e, no contra-golpe, foi Luís Querido a evitar males maiores para a equipa da casa.
No arranque do segundo tempo, foi a vez dos anfitriões terem um golo anulado, por alegado toque de Miguel Rocha com o corpo depois do primeiro remate de Rampulla. Com o empate no marcador, os duelos foram ficando mais quentinhos e com muito trabalho para os árbitros distinguirem as faltas das simulações e tentarem atenuar as disputas físicas.
Sem grandes lances de perigo nesta segunda etapa, o Óquei de Barcelos voltou à vantagem depois de uma boa defesa de Conti a remate de Nil Roca, com Miguel Rocha a aproveitar para sair em contra-ataque sobre a esquerda e, com uma grande visão de jogo, travou e lançou Chambella do outro lado que, perante Pedro Henriques, disparou ao primeiro poste. Na resposta, Pau Bargalló apareceu na cara de Conti para mais uma defesa do argentino e Diogo Rafael falhou o recarga.
Estava um jogo muito cerrado e cínico, já que quando havia lance de perigo para um lado, havia também contra-ataque do outro. Tanto que, quando o Benfica voltou a pressionar no ataque, abriu espaços na retaguarda, permitindo novo contra-ataque a partir da esquerda, com Rampulla a ganhar em velocidade e a fazer um passe perfeito a meia altura para o segundo poste, onde Pedro Silva apareceu para fazer o 3-1, a quatro minutos do fim.
Perto da buzina final, Pedro Henriques ainda foi evitando o quarto golo até que surgiu a primeira bola parada da partida, fruto de um cartão azul mostrado a João Rodrigues. Chamado a converter, Miguel Rocha atirou forte e rasteiro para enganar o guardião encarnado e fazer o 4-1 final.
Com a série empatada 1-1, o terceiro jogo será disputado no Pavilhão da Luz, na quarta-feira.