Mais uma decisão, mais uma ronda entre portistas e óquistas. Antes desta final, as duas equipas já se tinham enfrentado sete vezes esta temporada, com registo favorável para os barcelenses (quatro vitórias, um empate, duas derrotas), incluindo na final da Liga dos Campeões, que venceram nas grandes penalidades. Seria, portanto, fácil de perceber que seria uma reta final de campeonato pautada pelo equilíbrio e conhecimento entre as duas formações, que seria decidida no detalhe e com casa cheia.
Equilíbrio até nas desatenções
Como tal, o jogo começou com enfoque táctico, pouca baliza e muito estudo de parte a parte. Ao fim de cinco minutos, no entanto, os dragões chegaram à vantagem numa jogada de insistência e depois de uma perda de bola em zona proibida de Miguel Rocha, com Gonçalo Alves a aproveitar para servir Di Benedetto e o francês fintou um defesa, enganou o guarda-redes e empurrou para o fundo das redes.
A resposta tardou... dois minutos. Em contra-ataque, Danilo Rampulla avançou com vantagem numérica e encontrou Pol Manrubia junto ao poste, que só teve de desviar para empatar. Duas desatenções defensivas, dois golos. Isso levou a ajustes por parte dos treinadores para evitar novas lacunas, mas ao fim de uns minutos de parada e resposta com os guarda-redes em destaque, os azuis e brancos voltaram para a frente do marcador com um passe surpreendente de Telmo Pinto para o remate de primeira de Rafa, que bateu Conti Acevedo.
A quatro minutos do descanso, surgiu novamente o empate do Óquei de Barcelos, num belo momento individual. Danilo Rampulla conseguiu arranjar espaço à entrada da área e, mesmo com dois defesas pela frente, armou um forte remate colocado que surpreendeu Malián no meio da confusão (2-2). Já em cima do descanso, valeu Conti Acevedo a segurar o 2-2 quando Di Benedetto lhe surgiu isolado.
FC Porto na dianteira, Barcelos travado na última barreira
Na segunda parte, os forasteiros tiveram uma grande oportunidade para fazer a reviravolta num livre direto de Miguel Rocha, mas Malián esteve ao seu melhor nível e segurou o empate. Ainda assim, os barcelenses continuaram a jogar com vantagem numérica, mas quem acabou por marcar foi mesmo o FC Porto. Hélder Nunes lançou Telmo Pinto que apareceu isolado perante Conti Acevedo e enganou o argentino com uma picadinha.
Na outra baliza, brilhava Malián a segurar a vantagem no um para um com Rampulla que, logo a seguir, tentou tirar um coelho da cartola com um remate a meia altura para mais uma defesa incrível do guardião. A turma de Rui Neto continuou a carregar e beneficiou dessa pressão a 12 minutos do fim, quando Miguel Rocha aproveitou um lance confuso na grande área para rodar sobre Telmo Pinto e atirar para a baliza com o guarda-redes caído para fazer o 3-3.
Tal como nos outros casos anteriores, o FC Porto regressou à vantagem três minutos depois, agora numa bela jogada coletiva. Gonçalo Alves aproveitou a queda de Poka para encontrar Ezequiel Mena juntou à baliza que elevou o esférico para o outro poste e Edu Lamas finalizou de primeira. Gonçalo Alves podia ter aumentado a vantagem a quatro minutos do fim, mas não conseguiu enganar Conti da marca de livre direto.
Os barcelenses tentaram forçar o golo do empate até à buzina final sem o guarda-redes na baliza e com mais um homem no ataque, mas o muro erguido pela defesa portistas não cedeu e conseguiu segurar a vantagem mínima para vencer o priemiro jogo das finais.
O segundo jogo está agendado para quarta-feira, às 21:00, em Barcelos.