Sporting 7-3 FC Porto
Esperavam-se faíscas para este terceiro jogo entre dragões e leões e não foi preciso esperar muito para as ver voar na quadra. Isto porque o duelo começou a todo o gás, com Rafa Bessa a roubar o esférico a Hélder Nunes e a oferecer o primeiro do jogo a Alessandro Verona, aos quatro minutos, originando o primeiro conflito entre jogadores que ficaram pegados.
No mesmo minuto, foi a vez de Hélder Nunes roubar a bola em terreno adiantado e a tocar para Mena que, de ângulo apertado e com um remate de primeira, meteu a bola no buraco da agulha e colocou tudo na mesma (1-1). Pouco depois, na sequência a cartões azuis exibidos a João Souto e Carlo di Benedetto, houve nova confusão entre jogadores, sem que fosse possível perceber o que realmente aconteceu.
De regresso ao que realmente interessa, Henrique Magalhães foi autor de um dos momentos do jogo quando roubou o esférico e partiu isolado para a baliza contrária, enganando totalmente Xavi Malián com uma finta de corpo para fazer o 2-1. O jogo estava tão quentinho que um choque entre Di Benedetto e João Souto obrigou a uma reparação na tabela.

Os leões estavam por cima na partida e ainda juntaram mais dois à conta antes do descanso: primeiro Toni Pérez aproveitou uma bola a meia altura para surpreender Malián e, depois, Alessandro Verona contornou um adversário e ofereceu o quarto a Rafa Bessa, que só teve de encostar. Ainda asim, em cima do descano, Mena encontrou a desmarcação de Telmo Pinto que fez um remate subtil por entre as pernas de Girão para fazer o 4-2.
Quatro minutos após o reatamento, Rafa Costa tentou dar o golo a Benedetto, com o remate enrolado do francês a ir parar ao português que, com uma rápida picadinha aproveitou para fazer o 4-3 e colocar o ambiente a ferver. Apesar da quantidade de golos anotados, Girão e Malián iam brilhando entre os postes. A menos de 10 minutos do fim, Roc Pujadas aproveitou uma bola recuperada em zona alta e fez o 5-3 com um remate ao poste mais próximo.
Os dragões balancearam-se no ataque e abriram espaço nas costas, prontamente aproveitado pelo contra-golpe letal dos leões. Nolito Romero recuperou o esférico junto à sua área e partiu para o campo adversário armando um forte remate colocado para fazer o 6-3. Di Benedetto ainda reduziu a dois minutos do fim, mas os azuis e brancos não conseguiram encontrar o golo do empate até à buzina final. Pelo contrário, Nolito Romero ainda fez o 7-3 com mais um roubo de bola e finalização precisa no frente a frente com Malián.
A vencer a eliminatória por 2-1, o Sporting desloca-se ao Dragão Arena no sábado para o quarto jogo desta meia-final, onde pode garantir a passagem à final em caso de vitória.
Benfica 2-2 Óquei de Barcelos (0-2 após g.p.)
Depois da derrota por 4-1 em Barcelos, as águias queriam voltar a colocar-se por cima da eliminatória num Pavilhão da Luz bem composto apesar do jogo da seleção portuguesa de futebol. No entanto, foram precisamente os barcelenses a passarem para a frente do marcador, aproveitando uma rápida transição em superioridade.
Numa belíssima jogada de combinação entre todos os jogadores de campo, Luís Querido passou para Vieirinha, que encontrou Manrubia na zona de penálti que, em vez de rematar, tocou para o lado para o remate de primeira de Miguel Rocha a abrir o marcador. No entanto, a resposta benfiquista foi imediata, com Pau Bargalló a contornar a baliza e tocar para a entrada fulminante de João Rodrigues que, de primeira, deixou Conti sem hipóteses de reação.

A meio do período, com os guarda-redes em destaque, brilhou Pedro Henriques a travar a dois tempos o livre direto de Luís Querido. No último suspiro da primeira parte, Pau Bargalló armou um remate surpreendente de primeira que entrou junto ao ângulo superior de Conti Acevedo, no último segundo (2-1).
Na segunda parte, o Benfica cometeu cedo a 10.ª falta e permitiu a Miguel Rocha restabelecer o empata através de um livre direto que teve direito a repetição, com um forte remate colocado (2-2). No minuto seguinte, foi a vez de Pau Bargalló beneficiar também de uma repetição de livre direto, mas à segunda Conti Acevedo voltou a travar o remate do espanhol. As águias sofreram ainda um grande contratempo com a saída por lesão de Pau Bargalló, que não voltou a regressar à quadra.

Com dois guarda-redes a grande nível no resto da segunda parte, não houve outra hipótese senão esperar pelo prolongamento. Perto do intervalo, as águias beneficiaram de um livre direto, mas nem assim Lucas Ordoñez conseguiu quebrar a resistência de Conti Acevedo, que segurou o empate. O Benfica tentou forçar o golo decisivo, mas o guardião argentino não cedeu e o duelo foi mesmo decidido nas grandes penalidades.
Na série de cinco remates da marca de castigo máximo, Miguel Rocha e Poka foram os únicos que acertaram no fundo das redes - apesar dos protestos de Pedro Henriques na última marcação -, com Conti Acevedo a brilhar novamente e a não permitir qualquer golo.
Os forateiros carimbaram a vitória que os deixa na frente da eliminatória e com possibilidade de selar a passagem à final em casa, no sábado. Esta foi a primeira vitória de sempre do Óquei de Barcelos fora de portas nos play-offs.
