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Hóquei: Rocha e Manrubia vestem capa de herói para empatar final entre Óquei e FC Porto (3-1)

Miguel Rocha desatou o nó no prolongamento
Miguel Rocha desatou o nó no prolongamentoFPP
O Óquei de Barcelos venceu esta quarta-feira o FC Porto por 3-1 no prolongamento, com Miguel Rocha a desatar o nó e Pol Manrubia a marcar com a baliza deserta para garantir a vitória em Barcelos, no Jogo 2 da final do campeonato nacional de hóquei em patins. Os campeões europeus levaram a melhor neste segundo round perante os campeões nacionais em título, com o terceiro jogo agendado para domingo (18:00).

Após um primeiro jogo de grande nível, em que os dragões tiveram na frente e os barcelenses recuperaram sempre até ao 4-3 final, a Catedral encheu-se a preceito para apoiar os campeões europeus a empatar a série decisiva. 

Ao contrário do que aconteceu no domingo, onde o primeiro golo surgiu logo aos cinco minutos e não houve propriamente grandes casos, este início de jogo foi um pouco mais acidentado. Aos cinco minutos houve sim cartão azul para as duas formações depois de um desentendimento entre Pol Manrubia e Carlo di Benedetto, mas antes disso Xavi Maián já tinha brilhado com duas defesas consecutivas e, pouco depois, travou uma jogada brilhante de Danilo Rampulla. 

Os dragões responderam num livre direto de Gonçalo Alves após azul mostrado a Vieirinha, mas o remate de Gonçalo Alves saiu por cima e Conti Acevedo não foi incomodado durante o power play. Na outra área, houve grande penalidade de Luís Querido, travada por Malián. O intervalo chegou com 0-0 no marcador, os dois guarda-redes em excelente plano e muitos duelos quentinhos entre os jogadores.

Luís Querido celebra o golo inaugural
Luís Querido celebra o golo inauguralFPP

Por outro lado, a segunda parte começou desde logo com o golo do Óquei de Barcelos, com o capitão a redimir-se do penálti desperdiçado, num lance algo confuso. O remate saiu fraco e de longe, mas a bola parece ter sofrido um desvio na floresta de pernas em frente ao guardião portista, que não teve reação. Pouco depois, Conti Acevedo segurou a vantagem com as caneleiras a remate de Gonçalo Alves.

Rampulla podia ter aumentado a vantagem num contra-ataque em que surgiu isolado, só que não clinhas onseguiu finalizar. Do outro lado, Edu Lamas roubou o esférico a Manrubia e só com Conti pela frente atirou de primeira para mais uma boa defesa do argentino, numa altura em que os dragões começaram a subir linhas para chegar ao empate.

Gonçalo Alves festeja o golo do empate
Gonçalo Alves festeja o golo do empateFPP

A cerca de um minuto do fim, Ricardo Ares tirou Malián da baliza e arriscou com o guarda-redes avançado. Aposta certeira já que, a 46 segundos do fim, após uma curta troca de passes, Gonçalo Alves que era o homem mais recuado em zona central armou uma fortíssimo remate rasteiro que quebrou, finalmente, a resistência erguida por Conti Acevedo entre os postes.

O duelo seguiu para prolongamento, onde Edu Lamas viu cartão azul nos primeiros instantes, situação que Miguel Rocha não desperdiçou com um tiro bem colocado por baixo do corpo do guarda-redes. Na segunda parte a tensão aumentou perante a frustração e incapacidade dos dragões de ameaçar Conti Acevedo, originando um lance insólito entre Edu Lammas e Danilo Rampulla resolvido com azul para ambos, apesar dos protestos. 

Ricardo Ares optou por seguir a mesma estratégia do tempo regulamentar, retirando Xavi Malián da baliza para pressionar mais acima, mas desta vez não teve a mesma sorte. Vieirinha ganhou o esférico e lançou Pol Manrubia em contra-ataque, que só teve de acertar na baliza para garantir o triunfo. O treinador do FC Porto ainda acabou expulso por protestos, numa partida em que os árbitros não recorreram ao sistema de vídeo.

Com a série à melhor de cinco empatada 1-1, o Jogo 3 será disputado no domingo no Dragão Arena, às 18:00.