A equipa norte-americana anunciou, no Grande Prémio de Abu Dhabi, o último da temporada, o regresso de Nico Hulkenberg, que irá substituir Mick Schumacher.
"É natural na Fórmula 1. Todos lutamos pelas nossas carreiras, pelo mesmo bocado de alcatrão", sublinhou Hulkenberg, em declarações aos jornalistas no circuito de Yas Marina, onde voltará em breve para testes com a equipa.
"A Fórmula 1 é assim e, no limite, o piloto, quando corre, tem de convencer a equipa com as suas prestações. E se esse não for o caso, a equipa mudará. O mesmo acontece com os engenheiros, com todo o staff".
Vencedor das 24 Horas LeMans, Hulkenberg iniciou 181 corridas de Fórmula 1, mas a última vez que realizou uma prova completa foi em 2019, na altura ao serviço da Renault, agora Alpine.
Depois disso, já participou em duas corridas pela Aston Martin, em substituição de Sebastian Vettel, quando o veterano - que se retirou da competição em Abu Dhabi - testou positivo para a COVID-19.
Schumacher, filho da lenda da Ferrari, sete vezes campeão Mundial, Michael, não estará no grid em 2023, mas pode juntar-se à Mercedes - equipa na qual o pai terminou a carreira na Fórmula 1, em 2012 - como piloto de reserva.
Já Hulkenberg explicou que o desejo de voltar ao cockpit voltou durante esta época e que, por isso, contactou Guenther Steiner, chefe de equipa da Haas.
"Estar a ver torna-se um pouco difícil, especialmente quando analisas, vês e acreditas que podes fazer melhor em algumas situações, e isso fez com que iniciasse o projeto de regresso", revelou.
O alemão será colega de equipa de Kevin Magnussen, o dinamarquês contra quem embateu no Grande Prémio da Hungria em 2017 e com o qual se envolveu, depois, numa acesa troca de palavras, chegando mesmo a considerá-lo "o condutor mais anti-desportivo" da Fórmula 1.
Mas o tempo avançou e Hulkenberg diz esperar uma boa relação com o futuro companheiro na Haas. "Quebrámos o gelo no início deste ano, na verdade. Eu disse-lhe "olá" com as mesmas palavras que ele me dirigiu em 2017 e ele achou isso engraçado. Não tenho qualquer preocupação em trabalhar e correr ao lado dele. Acho que somos ambos adultos, respeitamo-nos e vamos correr pela equipa, portanto, não há qualquer problema", garantiu.