Siniaková voltou a destacar-se na sua especialidade, mas em singulares, salvo algumas exceções, não conseguiu grandes resultados e não registou qualquer progresso no ranking individual. Começou a época na 46.ª posição e terminou-a em 48.º lugar.
Em pares, porém, continua a liderar o ranking mundial e terminou o ano no topo pela quinta vez, igualando o recorde de Martina Navrátilová. Além disso, somou o seu décimo e 11.º troféus de Grand Slam em pares.
10.º título de Grand Slam
O início da época foi agridoce para Siniaková. Enquanto nas três primeiras provas foi eliminada logo na ronda inaugural de singulares, em pares, ao lado de Taylor Townsend, manteve-se invicta durante muito tempo. Juntas, conquistaram o título no Australian Open.
Para a jogadora natural de Hradec Králové, foi já o 10.º título de Grand Slam em pares femininos.
"Estou muito feliz por termos vencido. Sinto-me orgulhosa pela forma como superámos situações difíceis e encontrámos o caminho para a vitória. E agradeço a todos os adeptos pelo apoio, foi incrível jogar perante vocês", afirmou Siniaková durante a cerimónia no Rod Laver Arena.
No início de fevereiro, alcançou um dos seus melhores resultados do ano em singulares, numa prova indoor em Cluj. Na Roménia, chegou às meias-finais, mas teve de desistir devido a uma lesão na coxa após alguns jogos. Assim, não conseguiu disputar a sua primeira final de singulares desde outubro de 2023.
Também não teve sucesso em Dubai, Indian Wells e Miami. Em todos os três torneios WTA 1000 foi eliminada nas rondas iniciais, mas em Dubai defendeu com Townsend o título de pares e celebrou o seu 30.º troféu de carreira em pares femininos. A invencibilidade com Townsend este ano terminou nas meias-finais de Indian Wells, após uma derrota inesperada frente a Asia Muhammad e Demi Schuurs.
Primavera de terra batida sem brilho
A primavera de terra batida foi totalmente desapontante para Siniaková, tanto em singulares como em pares. Em singulares, participou em seis torneios e o melhor que conseguiu foi chegar aos quartos de final num evento WTA 125 em Espanha. Em quatro provas, foi eliminada logo no primeiro encontro, incluindo no Grand Slam de Roland Garros.
Também não correu melhor em pares. Para preparar o ponto alto da época de terra batida, jogou apenas em Roma nesta disciplina e, ao lado de Shuai Zhang, despediu-se logo na estreia. Depois, com Townsend, não conseguiu confirmar o favoritismo nos quartos de final de Roland Garros frente a Anna Danilina e Aleksandra Krunić. Não conseguiu assim defender o título do ano passado, conquistado ao lado de outra norte-americana, Coco Gauff.
A crise em singulares prolongou-se durante a preparação para Wimbledon. Em Hertogenbosch, sofreu uma pesada derrota frente a Anna Blinkova e somou a sexta derrota consecutiva no circuito principal. Recuperou algum ânimo em Berlim, onde passou o qualifying e chegou à segunda ronda. O mesmo conseguiu em Bad Homburg.
Primeira vez a reinar no misto
Siniaková começou Wimbledon de forma brilhante. Na primeira ronda, bateu a número seis mundial Qinwen Zheng e, mais de um ano depois, voltou a vencer uma jogadora do top 10. No encontro seguinte, foi travada por outra estrela asiática, Naomi Ósaka.
Em pares, tentava defender o título ao lado de Townsend, mas a dupla checo-americana não conseguiu repetir o feito. Foram eliminadas nas meias-finais por Su-Wei Hsieh e Jelena Ostapenko. No entanto, no dia anterior, Siniaková conquistou pela primeira vez o título de pares mistos, ao lado de Sem Verbeek.
"É algo muito especial para mim e significa muito. Divertimo-nos imenso juntos em campo, é fantástico jogar aqui no court central e espero poder voltar", disse a tenista checa após a vitória e a conquista do seu 11.º título de Grand Slam.
Nas semanas seguintes, Siniaková focou-se nos singulares e foi bem-sucedida. No Livesport Prague Open, em casa, chegou aos quartos de final e depois venceu o torneio WTA 125 em Varsóvia, na Polónia.
Final de época em grande
Pode dizer-se que os últimos meses da época correram de forma excelente para Siniaková. No US Open, em Guadalajara e Pequim, foi eliminada logo na primeira ronda, mas em Seul, vinda do qualifying, chegou às meias-finais e, no WTA 1000 de Wuhan, atingiu os quartos de final, um dos seus melhores resultados em singulares nos grandes torneios.
Em pares, os resultados foram ainda melhores. Depois da final no US Open, venceu com Barbora Krejčíková em Seul e com Storm Hunter em Wuhan. Durante este período, Townsend chegou a ultrapassá-la no topo do ranking de pares, mas Siniaková recuperou rapidamente a liderança.
A época terminou para ela com sentimentos mistos. No Torneio das Campeãs, garantiu que, pela quinta vez na carreira, passaria o inverno como número um mundial de pares. Com este feito, igualou o recorde de Martina Navrátilová e, no próximo ano, pode isolar-se no topo da tabela histórica.
"É algo especial e estou feliz por ter conseguido novamente. Esta época está cheia de grandes memórias e estou grata por poder levantar este troféu mais uma vez", afirmou.
A participação em Riade terminou, porém, com uma derrota amarga nas meias-finais. Juntamente com Townsend, esteve a um ponto do acesso à final, mas não conseguiram converter o match point frente às futuras campeãs Elise Mertens e Veronika Kudermetova.
Após o final da época, houve espaço para distinções. No prémio Desportista do Ano, ficou em quarto lugar, foi terceira no prémio "Canário de Ouro" e, com Townsend, venceu o prémio WTA para a melhor dupla de pares do ano.
