Nessa noite, 130 pessoas morreram em ataques de motivação islâmica na capital francesa, Paris. Dez anos após os ataques terroristas, dois documentários da ARD e da Sky revelam como a equipa nacional viveu a noite de terror e os dias que se seguiram.
Protagonistas como o então Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, e François Hollande, então Presidente francês, têm uma palavra a dizer.
Cerca de 20 minutos tinham sido jogados no subúrbio parisiense de St. Denis quando duas explosões foram feitas em rápida sucessão no exterior do estádio. "Foi diferente, foi mais barulhento do que os artefactos pirotécnicos", recorda Schweinsteiger no documentário da ARD, que está disponível no centro de media da ARD desde terça-feira.
O companheiro de equipa Christoph Kramer conta que se perguntou no momento da segunda detonação:"O que foi aquilo agora mesmo? Mas não se está a pensar num atentado terrorista".
O que tinha acontecido fora do estádio e na cidade durante o jogo só se tornou mais claro para a maioria das pessoas no estádio após o apito final."Foi aí que todos perceberam que estávamos numa situação de emergência inacreditável, como nunca tínhamos vivido antes", recorda Joachim Löw, o selecionador nacional na altura:"O medo estava a respirar no nosso pescoço."
Devido à situação de segurança pouco clara, a Alemanha teve de passar a noite no camarote do estádio. Aí teve a sensação de estar"em guerra", relatou o guarda-redes Kevin Trapp. E o treinador da equipa na altura, Oliver Bierhoff, recorda no documentário da Sky, que pode ser visto a partir de 6 de novembro:"Naquele momento, todos queriam sair"
A equipa só conseguiu sair da cidade na manhã seguinte, sob as mais elevadas precauções de segurança. Alguns dias mais tarde, estava previsto um segundo particular contra os Países Baixos em Hannover. Este nunca se realizou. Quando a equipa já estava no autocarro a caminho do estádio, o jogo foi cancelado em cima da hora devido a indícios de um ataque com explosivos.
