"Para mim o mais importante é o treinador criativo, o que cria as ideias de jogo e a sua forma de treinar. Cada treinador tem de saber criar as suas ideias de forma a que ganhe mais do que os outros. Se não for assim, tem de se agarrar aos livros, mas como o futebol não é uma ciência exata, os livros nunca vão fazer nenhum treinador”, sublinhou, comparando os desafios da função aos do ramo… musical: “Há o cantor compositor, mas também há os que cantam e os que têm de fazer as canções deles”.
Para o técnico, “cada ano que passa na carreira do treinador, melhor é”, uma vez que o avançar do tempo traz “cada vez mais conhecimento”. “Sou muito mais treinador aos 60 anos do que quando tinha 40”, afiançou.
Ciente dos bons resultados da equipa, o treinador português alertou que “o Fenerbahçe está a fazer uma boa campanha na Liga Europa, mas não ganhou nada”.
"A tua forma de implantar as tuas ideias tem a ver com os jogadores. Dizer que as minhas ideias estão assimiladas pela equipa não é verdade, estamos no princípio”, acrescentou.
Quanto às referências pessoais para a função que desempenha, Jorge Jesus viajou no tempo, lembrando “aquela grande equipa do Ajax, com Rinus Michels e o treinador romeno o Stefan Kovacs”.
“Eles começam a lançar uma ideia diferente de jogo, são os primeiros criadores de um futebol dinâmico, onde todos tinham de defender e atacar. Depois, o Cruijff enquanto treinador seguiu essa filosofia e eu começo também a querer perceber essa ideia. É quando começo a minha carreira e tenho um estágio com ele em Barcelona. Foi a pessoa que mais me influenciou”.