"Chego a Paris com muito entusiasmo, estamos preparados do ponto de vista desportivo, mas infelizmente o local não está pronto e estamos a sofrer", disse Vizer durante uma entrevista em Paris.
"Toda a equipa da IJF está no local a trabalhar com a equipa local para completar as instalações, mas estas deveriam ter ficado prontas muito mais cedo", acrescentou.
O presidente da IJF não quis "entrar em pormenores" para não "ofender demasiado os organizadores locais", mas garante que todo o "ambiente" do Palácio Efémero - nome inicial do edifício criado em 2021 - ainda não está pronto para receber competições de judo: "Faltam muitas coisas nas instalações".
O judo começa no sábado às 9:00 com as categorias femininas de -48kg e masculinas de -60kg, e terminará no sábado, 3 de agosto, com a competição de equipas mistas.
De 5 a 9 de agosto, o estádio Champ de Mars, situado em frente à Torre Eiffel, acolherá a competição de luta livre.
Vizer lamenta que o judo não seja organizado em Bercy, onde se realiza todos os anos o Grand Slam de judo.
"É o templo do judo. Conhecemos todos os cantos de Bercy, não percebo porque é que o judo não pode ficar lá", lamentou.
A Arena de Bercy acolhe a ginástica, o trampolim e as finais de basquetebol.
"A França é um país de judo, uma das nações mais bem organizadas no judo, com mais de um milhão de membros, praticantes e apoiantes, e um dos pontos altos dos Jogos será a competição de judo, por isso espero que tudo se resolva a tempo", concluiu.
Considerado próximo do Presidente russo Vladimir Putin, Vizer e a Federação de Judo retiraram-lhe o cargo de presidente honorário na sequência da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022: "Sentimos, com o comité executivo da IJF, que já não era apropriado tê-lo como presidente honorário, tomámos uma decisão unânime de retirar o Presidente Putin dessa posição".
