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Judo: Treinador de Teddy Riner alvo de queixa por agressão sexual

Teddy Riner no Palácio do Eliseu em junho passado
Teddy Riner no Palácio do Eliseu em junho passadoLUDOVIC MARIN/AFP

Segundo o Le Monde, o treinador Éric Despezelle, escolhido por Teddy Riner no final de 2024, é alvo de uma queixa por agressão sexual contra uma judoca de 24 anos que o próprio acolhia, acusações que "contesta firmemente", declarou o seu advogado na quinta-feira.

A jovem judoca, que estava hospedada na casa do treinador de 50 anos, perto de Insep, apresentou uma queixa por "agressão sexual e preservação de imagens obtidas através de uma invasão de privacidade", noticiou Le Monde, acrescentando que uma investigação preliminar está a ser conduzida por uma esquadra da polícia de Val-de-Marne.

Nem o Ministério Público de Créteil, nem o advogado da queixosa, responderam quando contactados pela AFP.

Embora "confirme que deu alojamento à Sra. L.M. quando ela o desejou, na prática duas a três noites por semana entre o final de 2021 e o início de 2024", Éric Despezelle "nega firmemente as acusações feitas contra ele, que são completamente infundadas", disse o seu advogado, Paul Guis, num comunicado enviado à AFP.

A queixosa disse ao Le Monde que descobriu uma câmara em miniatura escondida numa meia, numa prateleira da casa de banho que só ela usava, na casa do antigo vice-campeão europeu (-60 kg). A queixosa afirma que se apercebeu então de um "verdadeiro controlo" e refere, nomeadamente, linguagem e gestos inadequados durante as massagens de recuperação.

Para além da queixa, em maio de 2024, a queixosa também informou a federação de "elementos que lhe causavam problemas na relação treinador-atleta", disse à AFP o diretor técnico nacional da federação, Sébastien Mansois.

A federação decidiu então comunicar o caso à câmara municipal. Com base nas informações fornecidas, a autarquia decidiu que "não havia nenhuma medida cautelar de emergência a ser aplicada", disse o Mansois. No entanto, a federação decidiu não renovar o contrato de Éric Despezelle após agosto de 2024, "para que os dois protagonistas não estevissem em contacto".

"Se as primeiras informações recolhidas nos obrigassem a apresentar queixa à polícia, tê-lo-íamos feito imediatamente", declarou Mansois à AFP.

Foi "através da imprensa" que disse ter tido conhecimento de que uma comissão para a juventude, desporto e associações tinha ouvido o treinador na quarta-feira. A comissão deverá emitir um parecer nas próximas semanas para a prefeitura de Val-de-Marne sobre o aspeto administrativo do caso.


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