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Julgamento de Maradona: Risco de anulação devido ao escândalo do documentário

O povo argentino exige justiça para Maradona
O povo argentino exige justiça para MaradonaLUCIANO GONZALEZ / ANADOLU / Anadolu via AFP
Está confirmada a presença de uma equipa de filmagem não autorizada. Na ordem de busca dos magistrados, afirma-se que "foi comprovada a colaboração do juiz com um projeto audiovisual que poderá resultar em ganhos milionários".

O julgamento sobre a morte de Diego Armando Maradona corre o risco de ser anulado "in toto" depois de terem sido descobertas imagens que confirmariam a existência de um alegado acordo entre um dos três juízes que supervisionam o julgamento e uma produtora cinematográfica para a realização de um documentário.

Fontes citadas pela imprensa argentina falam hoje de "provas irrefutáveis" que implicariam a juíza Julieta Makintach, após buscas efetuadas por ordem da justiça na sequência da queixa apresentada pelos advogados das filhas de Maradona, Dalma e Gianinna.

A ordem de busca dos magistrados refere que "se verificou que a juíza colaborou com um projeto audiovisual que poderia resultar em ganhos milionários".

O julgamento está a atravessar o terceiro dia de suspensão das audiências, uma decisão tomada precisamente para averiguar a veracidade das acusações sobre a realização do documentário. Um caso, este último, que ofuscou o julgamento propriamente dito, durante o qual foram reveladas graves responsabilidades da equipa médica que tratou Maradona, após a delicada operação à cabeça, para remover um hematoma intracraniano.

Maradona morreu em 25 de novembro de 2020, de um edema pulmonar agudo, devido a uma insuficiência cardíaca, quando se encontrava numa residência em Tigre, praticamente isolado da sua família.

Oito membros da equipa médica são acusados no processo, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque.