Jack Warner, de Trinidad e Tobago, antigo vice-presidente da FIFA (1997-2011), banido para sempre pela Federação Internacional e acusado de corrupção pela justiça norte-americana, não será extraditado para os Estados Unidos, decidiu esta terça-feira a justiça do seu país.
Jack Warner, de Trinidad e Tobago, antigo vice-presidente da FIFA (1997-2011), banido para sempre pela Federação Internacional e acusado de corrupção pela justiça norte-americana, não será extraditado para os Estados Unidos. A decisão foi tomada esta terça-feira pela justiça do seu país.
Warner esteve no centro do escândalo de corrupção que abalou a FIFA em 2015, quando o FBI efetuou detenções em Zurique e apresentou acusações contra vários altos dirigentes do organismo.
"O Sr. Warner é libertado", declarou a juíza Karen Reid no final da audiência, anunciando a suspensão permanente do processo de extradição.
Warner, de 82 anos, saiu em liberdade sob fiança de 370 mil dólares. "Nada poderia apagar a dor e a humilhação que senti nos últimos dez anos, nem a memória da minha prisão", afirmou numa breve declaração à AFP.
A decisão põe fim a uma batalha judicial de uma década em torno da existência, ou não, de um acordo de extradição entre os Estados Unidos e o arquipélago, conhecido pelas praias e pelo Carnaval.
Os representantes de Trinidad e Tobago tinham votado a favor da atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar.
O país só participou uma vez na fase final de um Campeonato do Mundo, em 2006, quando Warner presidia à federação local.
Mais recentemente, em novembro de 2023, Warner foi condenado pela justiça trinitária a pagar mais de 220 mil dólares a um empresário do país, num processo relacionado com um empréstimo que teria prometido reembolsar com fundos da FIFA.