A procuradora-chefe de Turim, Anna Maria Loreto, anunciou em comunicado o final da investigação que recaía sobre a Juventus e que incidia sobre a política de gestão financeira do clube. De acordo com a Reuters, que cita fonte próxima do processo, são 15 as pessoas indiciadas, para além do próprio clube. Entre os suspeitos está Andrea Agnelli, presidente da Juventus, sendo que, regra geral, em Itália, a conclusão de uma investigação antecede os pedidos dos procuradores para o início do julgamento.
Ainda segundo a agência de notícias, os advogados de Agnelli e do clube não responderam aos pedidos de esclarecimento enviados, e o clube não emitiu, até agora, qualquer reação oficial.
Em dezembro passado, na sequência de uma busca realizada pela Guardia di Finanza (autoridade responsável por investigar crimes económicos e financeiros), a Juventus alegou que havia sempre conduzido a sua atuação em concordância com as leis vigentes, garantindo total colaboração com as autoridades.
Em comunicado, a procuradora de Turim alegou que a Juventus, empresa listada na bolsa de valores de Milão, subestimou as perdas financeiras referentes aos anos de 2018, 2019 e 2020. Em causa estarão valores das transferências de jogadores entre clubes e a avaliação sobre a veracidade da redução salarial ou do adiamento de pagamentos de vencimentos durante a pandemia de COVID-19, como indicado pelo clube.
A Juventus, um dos 12 clubes defensores da criação da Superliga Europeia, que pretendia fomentar o crescimento financeiro desses emblemas, é controlada pela Exor, uma holding pertencente à família Agnelli que também recusou pedidos de esclarecimento.