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Kazu Miura, o futebolista mais velho do mundo, estreia-se na 40.ª época da sua carreira

Kazuyoshi Miura é o jogador mais velho do mundo
Kazuyoshi Miura é o jogador mais velho do mundoKyodo/via REUTERS
O japonês Kazuyoshi "King Kazu" Miura, ex-Oliveirense estreou-se na sua 40.ª época como futebolista profissional no fim de semana e não dá sinais de querer pendurar as chuteiras tão cedo.

O ex-avançado da seleção japonesa, que completou 58 anos em fevereiro, e que passou pela Oliveirense, da Liga 2, em 2022/2023 e 2023/2024, entrou em campo na vitória do Atlético Suzuka por 2-1 sobre o YSCC Yokohama. A partida foi disputada na quarta divisão do futebol japonês.

O popular avançado assinou um contrato de empréstimo de 18 meses com o Suzuka em junho de 2024, mas uma lesão na perna sofrida em janeiro manteve-o afastado desde o início desta época da JPL.

"Espero voltar a jogar, mostrando o meu caráter", disse Miura à agência noticiosa Kyodo após o jogo.

"Consegui jogar graças ao apoio de todos. Espero dar um passo em frente a partir de agora", acrescentou.

Os números de Kazuyoshi Miura
Os números de Kazuyoshi MiuraFlashscore

Começou a carreira em 1986

Miura fez as suas duas primeiras partidas pelo Santos no Campeonato Brasileiro de 1986, depois de ter ido para a América do Sul sozinho para perseguir o seu sonho futebolístico aos 15 anos de idade.

Voltou ao Japão já com a carreira consolidada e foi para o Verdy Kawasaki, ajudando o clube a conquistar os dois primeiros títulos da J-League, em 1993 e 1994. Marcou 55 golos em 89 jogos pelo Japão, o último dos quais em 2000.

Miura, que tem uma longa carreira em clubes, também passou por Itália (Génova), Croácia (Dínamo de Zagreb), Austrália (Sydney FC) e Portugal (Oliveirense). No entanto, ainda tem um longo caminho a percorrer para igualar o recorde do egípcio Ezzeldin Bahader, que jogou por uma equipa profissional aos 74 anos.

Sem intenção de se reformar

No entanto, dado o seu compromisso com o futebol, seria tolice descartá-lo.

"Quando eu tinha uns 35 ou 40 anos, comecei a dizer a mim mesmo: 'Não posso continuar a jogar assim'", disse ao FIFA.com em abril.

"Em vez de pensar em desistir, passei a exigir mais de mim mesmo. Não é que a palavra 'reforma' não esteja no meu vocabulário, mas sim que nunca senti qualquer desejo de o fazer", assumiu.