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Kmiecik rendido a Lewandowski: "Não há nenhum como ele na Europa"

Lewandowski ao serviço da Polónia
Lewandowski ao serviço da PolóniaPhoto by ANDRZEJ IWANCZUK / NurPhoto / NurPhoto via AFP
Kazimierz Kmiecik, antigo jogador da seleção polaca e um dos melhores avançados polacos da história, admitiu que, atualmente, ninguém é capaz de explorar situações de pressão como Robert Lewandowski, que ainda pode trazer muitos benefícios à seleção nacional.

"Lewandowski é muito bom, basta jogar com ele. Ele é o mais capaz de tirar partido das situações de inferioridade, e isso, por sua vez, traduz-se em sucesso para a equipa, traz benefícios para a equipa", disse Kmiecik, de 73 anos, recentemente introduzido no Hall da Fama da Ekstraklasa, à PAP.

E acrescentou que o atacante do Barcelona, apesar de estar prestes a completar 37 anos, ainda tem muito potencial. "Não há nenhum outro avançado como ele na Europa, e ele também está entre os melhores do mundo". - avaliou.

O lendário jogador do Wisła Kraków, no entanto, esquivou-se de responder se o novo selecionador, que assumirá a sucessão de Michal Probierz, deve necessariamente apostar em Lewandowski.

"Depende do conceito que ele adotar, da forma como montar a equipa", observou Kmiecik, que é membro da equipa técnica do Wisła Kraków há vários anos.

Referindo-se ao conflito entre Probierz e Lewandowski, que resultou na mudança de capitão, na demissão do melhor marcador da história da seleção nacional e, finalmente, na demissão do treinador após a derrota por 1.2 contra a Finlândia nas eliminatórias para o Campeonato do Mundo, sublinhou que, no seu tempo, era o treinador que escolhia o capitão e não o "balneário".

"O treinador Kazimierz Górski tinha um grande apoio entre os seus jogadores. Era ele que decidia qual de nós usaria a braçadeira de capitão. Não houve qualquer discussão ou proposta por parte da equipa. Foi uma decisão dele, da qual não houve recurso. E ponto final",  explicou.

O campeão olímpico de Munique em 1972 e vice-campeão de Montreal quatro anos mais tarde recordou que a equipa de Górski também teve a sua quota-parte de desavenças.

"Durante o famoso Campeonato do Mundo na Alemanha Ocidental, em 1974, Adam Musiał teve problemas com o treinador. Foi retirado do jogo. Mas depois do jogo seguinte que ganhámos, sugerimos a Górski que ele fosse reintegrado na equipa. Qual era a situação atual? Não sabemos ao certo, há demasiadas conjecturas e poucos factos. Cada um diz uma coisa diferente, mas, em suma, não foi explicado por que razão foi tomada a decisão de retirar a braçadeira a Lewandowski", avaliou o autor de 153 golos no campeonato polaco.