A decisão surge a poucos dias do reencontro entre o Real Madrid, atual clube do avançado, e o PSG, nas meias-finais do Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA, nos Estados Unidos.
A queixa formal havia sido apresentada por Mbappé a 16 de maio, denunciando alegados casos de assédio moral e tentativa de extorsão de assinatura, com o jogador a apontar a sua colocação no loft do PSG, uma prática recorrente em alguns clubes, que consiste no afastamento de atletas dos treinos com o restante plantel, como o principal motivo da denúncia.
Na sequência da queixa, o Ministério Público de Paris abriu, a 24 de junho, uma investigação judicial por assédio moral, tendo sido nomeados dois juízes de instrução. Apesar da retirada da queixa por parte de Mbappé, o processo judicial mantém-se em aberto, embora os juízes possam ter em consideração a desistência do jogador para eventuais decisões futuras.
Para além do caso criminal, Mbappé mantém um diferendo financeiro com o PSG. Depois de ter saído para o Real Madrid como agente livre no verão de 2024, o jogador reclama 55 milhões de euros em salários e prémios alegadamente em falta, algo que o PSG classifica como "um relato fantasioso".
Em abril, Mbappé conseguiu o arresto provisório deste montante nas contas do clube, mas essa decisão foi anulada a 26 de maio. Segundo fonte próxima do processo, o valor em causa continua arrestado até à realização da audiência de recurso, cuja data ainda não foi divulgada.