A 17 de julho de 2024, a presidente da câmara socialista Anne Hidalgo mergulhou no rio em frente à Ile Saint-Louis com Tony Estanguet, chefe do comité organizador dos Jogos Olímpicos, perante as câmaras de todo o mundo.
Uma estreia histórica após um século de proibição.
"Foi um momento extraordinário, mas nadar para os Jogos não era um fim em si mesmo. Tornar o Sena nadável é, antes de mais, uma questão de adaptação às alterações climáticas, mas também de qualidade de vida", declarou Anne Hidalgo numa conferência de imprensa.
Para além do local em frente à Ile Saint-Louis, o público em geral poderá dar um mergulho gratuito em frente à Ile aux Cygnes, não muito longe da Torre Eiffel, e em Bercy. Quatro locais serão igualmente abertos no final de junho no Marne, onde a natação é proibida desde 1970.
Pierre Rabadan, vice-presidente da Câmara Municipal de Paris responsável pelos desportos, explicou que as zonas balneares serão controladas e vigiadas. A cidade espera acolher entre 150 e 300 pessoas de cada vez nos três locais, que encerrarão no final de agosto.
Tal como nas praias, será utilizado um sistema de bandeiras - verdes, amarelas e vermelhas - para controlar o caudal do Sena e a qualidade da água, que esteve imprópria para banhos durante uma parte dos Jogos Olímpicos por não respeitar as normas bacteriológicas.
Os controlos serão efectuados diariamente e os banhos poderão ser suspensos em caso de chuva, segundo Marc Guillaume, prefeito da região.
Marc Guillaume, o prefeito da região, disse estar"ainda mais otimista" do que no verão passado quanto à qualidade da água, tendo em conta os trabalhos de limpeza que estão a ser realizados. "Desde o verão, foram feitas 2.000 novas ligações às redes de esgotos. A limpeza do Sena atingiu 80% do que era esperado. Para os Jogos Olímpicos, foi necessário limpar dois terços da poluição para atingir níveis de bactérias compatíveis com a prática balnear", explicou o prefeito.