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Liga dos Campeões de hóquei: FC Porto bate Oliveirense, Benfica e Óquei também vencem nos quartos

Atualizado
Edu Lamas festeja o segundo golo
Edu Lamas festeja o segundo goloFC Porto
O FC Porto levou a melhor sobre a Oliveirense no único duelo luso desta primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de hóquei em patins, ao vencer por 4-2. Em Espanha, o Benfica conseguiu triunfar num ambiente infernal no terreno do Reus (1-2), enquanto na Corunha houve espetáculo dentro e fora da quadra na vitória do Óquei de Barcelos sobre o Liceo (4-6). A segunda mão está agendada para a próxima semana.

FC Porto 4-2 Oliveirense

40 segundos... Foi o tempo necessário para os dragões chegarem à vantagem, facilitados pelo cartão azul visto por Marc Torra, que permitiu a Gonçalo Alves inaugurar o marcador através de um livre direto frente aos vice-campeões europeus. Nem cinco minutos tinham passado, quando Carlo di Benedetto ativou os olhos na nuca para, de costas para a baliza, fazer um passe preciso que Edu Lamas desviou para o 2-0. Um bom começo depois da goleada sofrida às mãos do Benfica no fim de semana (6-0).

Mau começo para os unionistas que até estavam numa boa fase esta temporada, de sete jogos sem perder, sendo que último desaire tinha sido precisamente com os dragões. O guarda-redes portista Xavi Malián mostrou serviço para segurar a vantagem ao negar duas vezes Marc Torra, a última das quais com uma defesa de recurso em cima da linha de baliza. Nota ainda para o regresso de Rafa à competição, ao fim de dois meses de ausência.

O FC Porto acabaria por chegar ao terceiro, num remate forte de Gonçalo Alves, que desviou em Platero e traiu Xano Edo. No minuto seguinte, o capitão dos azuis e brancos teve mais um momento de magia, dando a volta à baliza de Edo segurando o stick com uma mão e contornando o guarda-redes para assinar o hat-trick. Porém, numa desatenção a 30 segundos do fim, Marc Torra partiu isolado do meio-campo e, à terceira, conseguiu bater Malián e fazer o 4-1 em cima do descanso. 

Foi uma luz ao fundo do túnel para a equipa de Nuno Resende, que voltou para a segunda parte de fileiras cerradas e foi segurando o ataque da casa. A 13 minutos do fim, Hélder Nunes escorregou e permitiu o contra-ataque oliveirense, com Diogo Abreu a armar um remate potente que deixou Malián atónito e relançou a partida. Pouco depois, valeu o guardião espanhol que travou o livre direto de Bruno di Benedetto e segurou a reação.

A cerca de cinco minutos do final, Gonçalo Alves viu cartão azul, mas Lucas Martínez não acertou na baliza e os azuis e brancos conseguiram segurar o under play, numa altura em que o o jogo ficava mais quentinho. Com mais ou menos protestos, o FC Porto foi capaz de segurar a vantagem de dois golos que leva para Oliveira de Azeméis na próxima semana.

Reus 1-2 Benfica

Casa cheia e um ambiente incrível na Catalunha para receber as águias. Apesar do terceiro lugar no campeonato espanhol, o plantel bem jovem do Reus conseguiu ganhar vantagem no confronto direto sobre o grande rival Barcelona na fase de grupos, que deixou os culés fora da competição de forma surpreendente. Em comparação, o Benfica acabou líder da sua poule com nove vitórias e um empate. 

Tendo isto em conta, foi algo surpreendente quando os anfitriões, empurrados pelo público, chegaram à vantagem com apenas dois minutos no relógio, num grande remate cruzado de Diego Rojas, que lançou o delírio no Pavilhão Olímpico. O Benfica, porém, não baixou os braços, pressionou bastante e respondeu pouco depois de um desconto de tempo, com João Rodrigues a finalizar de forma soberba após passe de Zé Miranda.

Apesar de não estar a ser espetacular, assistia-se a um jogo emocionante, com muita pressão e intensidade dos dois lados. A dois minutos do intervalo, acabou por surgir o golo que decidiu esta primeira mão, num momento de inspiração de Lucas Ordóñez! O Reus reclamou uma falta de Bargalló imediatamente antes de deixar para o companheiro de equipa, que arrancou do meio campo, levantou o esférico e rematou a meia altura para bater Càndid Ballart.

As águias puderam respirar de alívio na saída para o intervalo, antes de uma segunda parte de alta tensão, com Pedro Henriques em destaque ao segurar a vantagem mínima. A poucos minutos do fim, Zé Miranda viu cartão azul, os catalães beneficiaram de um livre direto, mas o guardião português travou Martí Casas com o capacete e não teve grande trabalho durante o under play

O Benfica deu prioridade à solidez defensiva nos últimos minutos para não sofrer qualquer susto e a cinco segundos do fim, beneficiou da primeira bola parada na partida, mas Pau Bargalló foi negado por uma boa defesa de Ballart, em cima da buzina final. 

Liceo da Corunha 4-6 Óquei de Barcelos

Pol Manrubia e Danilo Rampulla. Dois nomes que explicam a exibição monstruosa do Óquei de Barcelos no Palácio do Riazor, um local mítico do hóquei mundial. Os barcelenses entraram com a corda toda e inauguraram o marcador logo nos primeiros segundos, num contra-ataque finalizado por Luís Querido, a passe de Rampulla. 

Aos seis minutos, Miguel Rocha, o melhor marcador da prova, mostrou instinto de matador para desviar a meia altura o passe de Rampulla. Os anfitrões ainda reduziram, pouco depois, numa rápida transição concluída por César Carballeira, que Conti Acevedo defendeu, mas a bola escapou-lhe por baixo do corpo. Nisto, os adeptos do Óquei ainda não tinham entrado. 

Foram a tempo, no entanto, para ver a magia de Pol Manrubia, aos 13 minutos, que arrancou de trás do meio-campo, fletiu para o meio e ainda longe disparou uma bomba forte e rasteira para o terceiro. Jogava-se muito bom hóquei no Palácio, com oportunidades para os dois lados, mas seria novamente o Barcelos a marcar: Vieirinha levantou do meio-campo para Rampulla fazer um desvio incrível que bateu o guarda-redes e estabeleceu o 1-4 ao intervalo.

O Liceo voltou com tudo dos balneários e 30 segundos depois Nil Cervera reduziu a desvantagem com um tiro do meio da rua. Um cartão azul ainda permitiu aos oquistas respirar, sem que conseguissem aumentar a vantagem em power play após o livre falhado de Rampulla, e Bruno Saavedra reduziu para 3-4, aproveitando um contra-ataque para fazer tudo sozinho e bater Conti, em apenas seis minutos.

Rui Neto não gostou e pediu logo um desconto de tempo que acabou por ser providencial. Isto porque, num espaço de quatro minutos, o Barcelos fez dois golos, primeiro num grande remate de primeira de Miguel Rocha, depois Conti Acevedo lançou um contra-ataque, Miguel Rocha serviu Pedro Silva que fez um grande remate para o 3-6. Brno Saavedra ainda fez o 4-6 num ressalto, mas os portugueses conseguiram segurar uma vantagem importante para a segunda mão.

A segunda mão dos quartos de final está agendada para a próxima quinta-feira, sendo que o vencedor do Oliveirense-FC Porto vai defrontar Benfica ou Reus, enquanto o Óquei de Barcelos, em caso de passagem, pode defrontar Trissino ou CE Noia.

Outros resultados

Hockey Trissino 1-2 CE Noia