Havey Elliott, Cody Gakpo, Darwin Núñez... o Liverpool tem muitos jovens nas suas fileiras, embora estejam mais habituados a depender dos mais velhos. Mas, à medida que o seu meio-campo envelheceu, os homens de Merseyside caíram no esquecimento e estão agora a definhar no meio da tabela da Premier League.
No entanto, desde a vitória por 2-0 sobre o Everton, a 13 de fevereiro, os reds parecem estar prontos a recuperar. O Liverpool espera ansiosamente pelos oitavos da Liga dos Campeões, depois de ter vencido (2-0) o Newcastle no fim-de-semana, graças aos golos de Gakpo e Darwin. Como a juventude parece ser a solução, seria insensato privar-se dela.
Harvey Elliott, o mágico dos reds
Harvey Elliott é o talismã que salvou a equipa em numerosas ocasiões nesta época. O prodígio de 19 anos é um médio que atua nos flancos e no centro do terreno. Está sempre disponível no ataque do Liverpool, mesmo quando os colegas não têm capacidade para o fazer. Para além de ter marcado golos na Liga dos Campeões e na Premier League, conquistou o seu lugar nos reds.
Cinco golos em todas as competições podem não parecer assim tão impressionantes. Mas onde o inglês brilha é na construção dos ataques. Elliot também tem impacto nas recuperações de bola e pode dinamizar a equipa.
"Ele é incrivelmente consistente. É um jogador que se destacou dos restantes, apesar da equipa não estar ao melhor nível. Ainda tem de se desenvolver, sim, mas é importante para nós", disse Jürgen Klopp em conferência de imprensa a 13 de fevereiro.
Contra o Real Madrid, Elliott terá a pesada tarefa de dinamizar novamente o ataque do Liverpool. Isso provavelmente não será um problema. A sua falta de capacidade defensiva, por outro lado, poderá estar contra ele.
Cody Gakpo, o reforço de inverno
Com os seus feitos durante o Campeonato do Mundo, Cody Gakpo tornou-se rapidamente alvo de toda a cobiça. Assim, deixou o PSV Eindhoven e assinou pelos reds. E, desde então,... nada. O avançado tem lutado para se adaptar à nova equipa, de tal forma que muitos pergunta se ele será capaz de se afirmar em Inglaterra.
A sua finalização tem deixado algo a desejar, tal como a sua corrida, que não tem sido suficientemente forte. Mas o período de escassez de golos parece ser conversa do passado. O neerlandês estreou-se a marcar pelo Liverpool e fez dois jogos muito bons contra o Everton e o Newcastle.
Agora vai jogar pela primeira vez os oitavos de final da Liga dos Campeões. O objetivo passa por ser mais uma vez decisivo e seguir em frente, um mês e meio após a sua chegada.
Darwin Núñez, a promessa
Ah, Darwin. O jogador uruguaio tem sido o principal tema de conversa desde o Verão. Sendo a transferência mais cara do clube (75 milhões de euros), as esperanças foram depositadas em si para dar a volta ao mau momento. Infelizmente a sua adaptação, tal como a de Gakpo, tem sido difícil.
O seu entendimento com Mohamed Salah em campo tem sido tal que, em jogos importantes, como a vitória sobre o Manchester City a 16 de outubro, ele falhou vários passes e preferiu jogar sozinho, mesmo que isso significasse deixar os adversários levarem a melhor. Na Liga dos Campeões também falhou a baliza várias vezes.
Mas, recentemente, a sua situação tem vindo a melhorar. Uma assistência e um golo em 10 dias são provas de que algo está a acontecer. Esta é uma boa notícia para Klopp, que precisa de todas as suas cartas para jogar contra o Real Madrid, mas também contra o Crystal Palace e o Wolverhampton.