"O líder de qualquer seleção tem de ser o selecionador, pois é ele quem toma as decisões. Mesmo que esteja a estrear-se ao comando da equipa, tem de ser ele o líder. Em Espanha, sou eu o líder, claro. Tive de decidir quem veio (ao Mundial-2022), quem irá jogar, a que horas nos treinamos. Isto é lógico. O treinador é um líder mas que tem de dar poder aos seus jogadores e soluções para terem quando estão lá dentro", começou por dizer Luis Enrique, citado pela ESPN.
Em estreia como líder da Espanha em Mundiais, prova em que participou como jogador, o técnico diz-se "encantado" e garante estar "muito tranquilo e com vontade de saborear uma alegria".
"O nosso objetivo, como de todas as seleções, é chegarmos à final. Queremos cá ficar o máximo de tempo possível. Temos de ter fé nas nossas capacidades, mas devo dizer, na realidade, que praticamente qualquer uma das 32 seleções pode ser campeã", apontou.
O onze com que vai defrontar a Costa Rica só vai ser decidido "na manhã de quarta-feira", assegura Luis Enrique, entre elogios ao "nível de competitividade tão grande" apresentado pelos atletas e aos treinos "espetaculares" que têm marcado o estágio da seleção.
"(Os jogadores) sabem que com esta vontade podem agarrar a titularidade. Qualquer um deles. Será mais fácil no jogo do que em treino escolher. Irei pelo feeling que terei", vincou, admitindo sentir "uma emoção especial no grupo à medida que passam os dias".
"É bom termos acabado por estar concentrados poucos dias. Hoje (terça-feira) é o nono dia juntos. Vamos entrar em competição com apenas uma dezena de dias reunidos, o que é positivo. Porquê? Não deu margem para acumularmos demasiadas energias, é a medida certa", explicou o selecionador.
Sobre a Costa Rica, Luis Enrique assumiu "um profundo respeito" e disse esperar "um jogo dificílimo".
"A Costa Rica é uma grande competidora e tem o futebol enraizado na sua identidade nacional. Conhecemos algumas das suas maiores individualidades, e a experiência de jogadores como Keylor Navas (guarda-redes do Paris Saint-Germain, de França), Duarte ou Campbell, futebolistas que já têm a experiência de jogar em fases finais de Campeonatos do Mundo. Vão complicar-nos a vida".