A entrevista de Luís Filipe Vieira ao Canal Now continua a ter repercussões. Esta quarta-feira, o Observador revelou que o Ministério Público instaurou um inquérito ao antigo presidente do Benfica por alegada difamação contra Pedro Proença, atual líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Chegou a aliciar-me para determinado candidato não se candidatar. Tinha 15 mil euros de ordenado, carro e, quando fosse para a UEFA, ele é que ficava como presidente. O que lhe disse? Vou ver. Um dia vamos ter um frente a frente e falamos a sério do futebol português. As palavrinhas mansas não existem. Longe de mim achar que ia dizer isto, mas fiquei indignado. Ele não se pode intrometer nas eleições do Benfica. Já fez tão mal ao Benfica, mesmo como árbitro”, disse Luís Filipe Vieira, na entrevista.
Pedro Proença, que liderava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tornou-se o 32.º presidente da FPF em 14 de fevereiro, sucedendo a Fernando Gomes, que ocupou o cargo nos últimos 13 anos, ao vencer as eleições com 75% dos votos, contra 25% de Lobo.
A Procuradoria-Geral da República confirmou que a queixa foi submetida e que a investigação foi aberta no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).
De resto, a própria FPF já tinha anunciado, em comunicado, que ia usar “utilizar todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom-nome, credibilidade e honorabilidade sempre que os mesmos sejam colocados em causa".
