As infrações compreendem o período entre a época 2009/2010 e a temporada 2017/2018, acrescentou a liga em comunicado. De recordar que o clube de Manchester foi adquirido pelos atuais proprietários de Abu Dhabi - o City Football Group - em 2008.
Caso estas acusações sejam provadas, o City poderá enfrentar uma série de sanções, incluindo a perda de pontos ou a exclusão da Premier League.
O Manchester City terá, alegadamente, infringido as regras relativas ao envio de informações financeiras precisas, "em particular no que diz respeito às suas receitas (incluindo receitas de patrocínio), às suas partes relacionadas e aos seus custos operacionais".
As acusações decorrem de uma investigação da Premier League sobre os negócios financeiros do City e foi iniciada há quatro anos, meses depois do Football Leaks divulgar vários documentos, obtidos pela publicação alemã Der Spiegel e revistos pela Reuters.
De recordar que o City chegou a ser banido da Liga dos Campeões pelo organismo dirigente do futebol europeu, a UEFA, durante dois anos, mas recorreu com sucesso ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que anulou a proibição em 2020. O clube foi multado em 30 milhões de euros pela UEFA, tendo o TAS reduzido para 10 milhões de euros.
A Premier League alega que o emblema de Manchester não divulgou integralmente a remuneração dos dirigentes entre as temporadas 2009/2010 e 2012/2013, quando Roberto Mancini era o treinador principal.
O clube está a ser também acusado de não cumprir as regras da Premier League que exigem que os clubes sigam os regulamentos da UEFA relativos ao fair play financeiro das épocas 2013/2014 a 2017/2018 e de não seguirem as regras da Premier League relativas ao lucro e sustentabilidade das épocas 2015/2016 a 2017/2018.
Os regulamentos do fair play financeiro foram concebidos para impedir que os clubes sofram grandes perdas através dos gastos com os jogadores. Também garantem acordos de patrocínio baseados no seu valor real de mercado e são acordos comerciais genuínos, ao invés de serem formas de os proprietários injetarem dinheiro num clube para contornar as regras.
Alega-se também que o City não cooperou e não ajudou a Premier League nas suas investigações desde dezembro de 2018 e até à data.
"Os membros da Comissão serão nomeados pelo presidente independente do Painel Judicial da Premier League. Os procedimentos perante a Comissão serão confidenciais e ouvidas em particular. A Premier League não fará mais comentários sobre este assunto até novo aviso", lê-se ainda no comunicado.