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Maratona de Lisboa estreia novo percurso com recorde de 15.000 atletas

Justus Kipkosgei Kimutai na maratona de Lisboa em 2018
Justus Kipkosgei Kimutai na maratona de Lisboa em 2018PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP / AFP / Profimedia

A Maratona de Lisboa vai estrear já este sábado um novo percurso de 42 km, com partida em Carcavelos, passagem pelo Conselho de Oeiras e chegada a Lisboa, numa prova que contará com cerca de 15 mil atletas.

A prova oficial do calendário da Federação Internacional de Atletismo, apresentada esta sexta-feira, vai trazer “um número nunca antes visto” à capital portuguesa, segundo Carlos Móia, presidente executivo do Maratona Clube de Portugal, graças a uma parceria com a Maratona de Londres.

“A Maratona de Lisboa tem um percurso novo e pela primeira vez na história das maratonas em Portugal temos inscrições à volta das 15 mil pessoas. Tínhamos há anos cerca de sete mil inscritos, mas este aumento deve-se à grande parceria que fizemos com a Maratona de Londres, que, para 55 mil atletas, tem mais de um milhão de inscrições", destacou o dirigente.

Carlos Móia sublinhou que a concretização da parceria foi muito difícil, "porque a Maratona de Londres é muito exigente e isso obrigou a fechar as inscrições nas 15 mil pessoas".

"Temos que ter muito cuidado, porque isto é um salto para o dobro de atletas, e por isso alterámos o percurso, que começará agora junto da Nova SBE, em Carcavelos”, explicou o responsável da organização.

A partida da Maratona de Lisboa está agendada para as 08:00 de sábado, seguindo a prova para Cascais e depois para a Praça do Comércio, num trajeto sempre junto ao mar e que une os municípios de Cascais, Oeiras e Lisboa, todos representados na conferência de apresentação do evento.

“Este é um apoio brutal da Maratona de Londres, que nos vai levar a um patamar muito superior, passando a pertencer às grandes maratonas da Europa”, acrescentou o presidente executivo do Maratona Clube de Portugal, revelando ter a Meia Maratona, marcada para domingo, também atingido o limite de inscrições.

Entre os 32 mil atletas inscritos nas duas provas, destaque nos 42 km para os etíopes Gadisa Birhanu Shumie (2:04:59, em Sevilha, em 2023) e Betesfa Getahun (2:05:28, em Amesterdão, em 2019), ambos com registos melhores do que o máximo da prova lisboeta de Andualem Belay Shiferaw (2:05:45, em 2022).

Nas senhoras, a melhor marca do percurso antigo está em 2:24:13 desde 2016 e, este ano, há três atletas com o máximo pessoal abaixo desse registo, nomeadamente Tadelech Bekele (2:21:40, Londres 2018), Meseret Dinke (2:22:52, Abu Dhabi 2022) e Abebech Afework (2:23:33, Dubai 2015).

Entre os representantes nacionais, que vão disputar a Meia Maratona com partida no domingo da Ponte Vasco da Gama e meta na Praça do Comércio, Rui Pinto e Susana Santos regressam à competição, após o Mundial de Tóquio.

“Em Tóquio, as condições estavam muito difíceis, muito quente, muita humidade, mas a transição está a ser muito melhor do que estava à espera. Estou bem e com algumas expectativas. Quero fazer a melhor classificação possível, correr o mais rápido possível e sentir-me bem”, comentou o atleta português.

Já Susana Santos, que vai contar com a companhia da compatriota Solange Jesus e da sul-africana Glenrose Xaba (1:08:37), recordista nacional da maratona que em Lisboa tentará bater também o máximo do seu país na meia (1:06:44), espera fazer na prova portuguesa “a melhor marca desta época.”


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