"O meu amor pelo futebol chega do meu avô. Ele queria que eu fosse profissional e fiz tudo o possível para o conseguir. Com 18 anos, o Real Madrid bateu à minha porta e fui. Posso dizer que sou mais um madrileño. Com a minha mulher formei ali uma família. 16 temporadas, 25 títulos, cinco Ligas dos Campeões, um dos capitães e tantas noites mágicas no Bernabéu. O Real Madrid é um clube diferente. O madridismo é um sentimento indescritível, jogar com a camisola do meu país, desde a formação foi uma grande honra. Na minha memória ficam duas medalhas olímpicas e uma Taça das Confederações. Regressar ao Fluminense foi devolver ao clube o que me deu, ajudei a conseguir três títulos, incluindo a Libertadores, e deixei um legado para os jovens com o estádio Marcelo Vieira. A minha história como jogador termina aqui, mas ainda tenho muito para dar ao futebol”, diz Marcelo.
Produto do Fluminense, Marcelo fez 40 jogos pelo tricolor carioca entre 2005 e 2006, despertando a atenção do Real Madrid. Mudou-se para a capital espanhola com 18 anos e acabou por se tornar numa referência para a posição de lateral-esquerdo.
Conseguiu 546 jogos, em que marcou 38 golos e 83 assistências. Esteve seis vezes na equipa do ano, conquistou cinco Ligas dos Campeões, foi campeão espanhol em seis ocasiões e venceu quatro Mundiais de Clubes com os principais troféus, a que juntou ainda cinco Supertaças de Espanha, três Supertaças Europeias e duas Taças do Rei.
Deixou o Santiago Bernabéu em 2023, após 16 anos, rumando primeiro ao Olympiacos, onde somou apenas 10 jogos, e depois regressou ao Fluminense para encerrar a carreira onde tudo começou. Somou mais 68 jogos pelo conjunto carioca e ajudou à conquista de uma inédita Libertadores.
Internacional brasileiro em 58 ocasiões, jogou em dois Mundiais (2014 e 2018), dois Jogos Olímpicos (2008 e 2012) e esteve na Taça das Confederações de 2013.
