"Apesar de gostarem de futebol, eles não se dedicam como os jovens europeus no treino nem o encaram como uma atividade profissional, mas como forma de entretenimento. A ida do Cristiano Ronaldo poderá ser uma maneira de conseguir provar que com trabalho, entrega, dedicação e talento, é possível atingir algum nível. É claro que ninguém está a pensar que irão nascer Ronaldos na Arábia Saudita", analisou à agência Lusa o técnico.
O capitão da seleção nacional, de 37 anos, encarará um inédito périplo no Médio Oriente quase um mês e meio depois de se ter desvinculado dos ingleses do Manchester United, ao qual tinha regressado em agosto de 2021, volvida uma passagem inicial (2003-2009).
"Antes de ele ganhar a sua primeira Bola de Ouro e já depois de ter a quinta, houve uma coisa que é unânime: é o primeiro e o último a sair do balneário, com um comportamento profissional impecável e sem mácula, que deixava marca nos seus colegas. Obviamente, isto irá ter um grandíssimo impacto no Al Nassr e reflexos nos outros jogadores, que vão ter a imagem na primeira pessoa do jogador que todos idolatravam e aplaudiam", notou.
De acordo com a imprensa, Cristiano Ronaldo prepara-se para ascender ao topo da lista dos atletas mais bem pagos em todo o mundo, ao auferir sensivelmente 200 milhões de euros anuais até junho de 2025, para além de um prémio de assinatura de 100 milhões de euros.
"Claro que a ida dele para a Arábia Saudita não será indiferente a todos os cidadãos do reino. Falei com um alto dirigente do clube, que esteve na minha ida para lá e me disse que estão com uma grande expectativa pelo impacto, pois nem eles próprios têm noção da dimensão que esta vinda do Cristiano Ronaldo irá ter", testemunhou Mariano Barreto.