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Meia maratona do Porto mais internacional e apostada em bater recordes

Cynthia Chemweno vai defender o título no Porto
Cynthia Chemweno vai defender o título no PortoMiguel SCHINCARIOL / AFP
A 18.ª edição da meia maratona do Porto, com 45% de estrangeiros entre os 15.000 participantes, quer bater os seus recordes masculino e feminino em 15 de setembro, no evento que percorre exclusivamente as ruas da Invicta.

Face às obras que persistem na ponte D. Luís, a zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia volta a ficar excluída da competição em que o objetivo é estabelecer marcas que superem os 59.30 minutos de Zersenay Tadese, da Eritreia, conseguidos em 2011, e as 1:07.13 horas, de Enatnesh Tirusew, da Etiópia, alcançadas em 2023.

O francês Felix Bour, este ano segundo classificado na meia maratona de Sevilha, surge com o melhor registo entre os competidores, com precisamente uma hora, seguido dos quenianos Brian Kibor (1:00.15), segundo em Lille, e Simon Maiywa (1:00.26), segundo em Nápoles.

Entre os portugueses inscritos no evento que esgotou as inscrições em junho, Hermano Ferreira (1:01.24), da Escola de Atletismo de Coimbra, é quem tem o melhor tempo, seguido de Miguel Borges (1:01.54).

No setor feminino, a queniana Cynthia Chemweno vai tentar repetir o triunfo de 2024 no Porto, apresentando-se com a melhor marca em 1:08.41, a segunda mais forte entre as presentes.

Como principal rival deve ter a ugandesa Annet Chelangat, com 1:08.12, a mais forte entre as competidoras, enquanto entre as lusas Rafaela Fonseca (RD Águeda) se destaca com 1:13.25.

Tiago Teixeira, da organização, elogiou a “qualidade” dos participantes, “com vários apostados a correr para recorde, em ambos os sexos”, lembrando que o Porto tem entre o seu lote de vencedores lendas internacionais do atletismo como Paul Tergat, Samuel Wanjiru, Haile Gebrselassie e Zersenay Tadese.

“Este é um evento de referência nacional e internacional, com um leque inscritos altíssima qualidade. É um acontecimento de grande dinâmica que faz a região crescer ainda mais em termos de turismo”, ajuntou o presidente do Turísmo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins.

A organização revelou que 45% dos participantes são estrangeiros, oriundos de 81 nacionalidades, nomeadamente 40 da Europa, 17 da América, 11 de África e da Ásia, bem como dois da Oceânia.

A França, com 977 inscritos, Espanha, com 693, Reino Unido, com 667, Brasil, com 323, e Alemanha, com 213, são os países estrangeiros mais representados.

Óscar Loureiro, com 85 anos, e Conceição Grare, com 72, são os mais velhos participantes na prova que tem “cerca de 4.000 pessoas em espera de uma oportunidade para ter dorsal”, facto que levará a uma reunião da Run Porto com a autarquia para “estudar percurso alternativo que permita albergar mais gente na competição”.

Em relação a 2024, regista-se um crescimento de três por cento na participação feminina que agora representa 37% dos competidores, números que sobem para os 70% no que toca ao desafio da caminhada que completa o programa, de cinco quilómetros.

A partida e meta da 18.ª meia-maratona do Porto é feita na Foz do Douro, na Avenida D. Carlos I.


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