Kamamoto, que marcou 75 golos em 76 jogos pelo Japão, morreu no passado domingo, vítima de pneumonia.
“O Sr. Kamamoto era verdadeiramente um avançado sem paralelo”, afirmou o presidente da Associação Japonesa de Futebol, Tsuneyasu Miyamoto, num comunicado.
O natural de Quioto é mais recordado pelas suas proezas nos Jogos Olímpicos de 1968 no México, em que foi o melhor marcador com sete golos e levou o Japão à medalha de bronze.
Dotado de resistência, agilidade e força física, Kamamoto foi convocado pela primeira vez para a seleção nacional aos 19 anos.

Em 1967, ingressou no Yanmar Diesel, hoje Cerezo Osaka, onde marcou 202 golos em 251 jogos até à sua retirada em 1984. Nos últimos anos da sua carreira como jogador, Kamamoto também trabalhou como treinador do Yanmar.
Depois do futebol, Kamamoto passou a dedicar-se à política, tornando-se senador em 1995.
Trabalhou também na candidatura do Japão à organização do Mundial de 2002, que foi coorganizado com a Coreia do Sul.
O atual treinador do Japão, Hajime Moriyasu, disse que Kamamoto “deu-nos um raio de esperança de que o futebol japonês pode competir no cenário internacional”, segundo a Kyodo News.
“Espero que surja um jogador que possa eventualmente eclipsar o Sr. Kamamoto”, acrescentou.
Kazuyoshi Miura, o antigo avançado da seleção japonesa que ainda joga aos 58 anos, disse que a lenda brasileira Pelé chamou Kamamoto de “um grande avançado”.
Pelé jogou no jogo de despedida de Kamamoto, segundo a Kyodo.
“Quando ouvi o Rei Pelé chamá-lo de grande avançado, fiquei muito orgulhoso como japonês e ainda me lembro disso agora”, disse Miura, que é o segundo na lista de melhores marcadores de sempre do Japão.
