Aos comandos da sua Kawasaki, o francês de 39 anos procura no domingo a sexta vitória, sinónimo de recorde de sempre, na sua 15.ª participação numa das corridas mais famosas do motociclismo.
- A edição de 2025 foi anunciada como aberta. Acha que pode alcançar esse sexto triunfo?
- É esse o objetivo. Mas tendo feito muitas corridas - quer sejam as 24 Horas de Le Mans ou outras - são todas muito complicadas de ganhar porque tudo tem de correr bem: é preciso bom tempo, sem problemas técnicos, sem acidentes e também é preciso um pouco de sorte. Em 24 horas, é ainda mais complicado prever o que pode acontecer. Mas o favorito este ano é a Suzuki n.º 1. Ganhou no ano passado, é o atual campeão do mundo e mantém a mesma equipa este ano. Depois disso, ser favorito não significa necessariamente que se vai ganhar a prova. Não estamos necessariamente entre os favoritos, mas somos muito bons outsiders.
- Em 2016, obteve o seu último sucesso até à data em Le Mans, igualando o recorde do seu compatriota Alex Vieira, que agora se retirou das corridas. Como se sentiu na altura?
- Não me lembro bem. Lembro-me que foi uma corrida que dominámos, éramos ultra-favoritos. Desde então, tenho andado a perseguir o recorde absoluto para ser o único. Já falhei várias vezes, mas espero que este ano seja o único.
- Então, o seu derradeiro desafio seria tornar-se o único detentor do recorde de vitórias em Le Mans?
- Sim, mesmo que não seja um fim em si mesmo, não deixa de ser um pequeno objetivo pessoal. Escrever o meu nome nas páginas da história como o detentor do recorde de vitórias nas 24 Horas de Le Mans para motos seria algo extraordinário.
- Se ganhar no domingo, vai poder pensar tranquilamente na reforma?
- Não sei. Pergunto-me a mim próprio: "Se ganhar, continuo? Será que paro? Vou fazer 40 anos daqui a dois meses, por isso já não sou jovem, especialmente para estas provas de resistência, que são complicadas - apesar de estar treinado e não estar preocupado com o meu desempenho. Veremos o que acontece a seguir. Um desportista nunca está satisfeito, mas este recorde vai ser complicado de bater. Já o igualar foi complicado. Depois, os recordes são feitos para serem batidos, por isso, mesmo que eu consiga batê-lo ou ficar nos cinco, aconteça o que acontecer comigo, haverá alguém no futuro que o irá melhorar.
- Qual foi a melhor das suas cinco vitórias, todas com a Kawasaki?
- A primeira foi em 2010, porque a equipa tinha sido adquirida, tinha havido uma mudança na gestão da Kawasaki, era muito jovem e foi o primeiro sucesso para todos os pilotos da equipa e para a própria equipa. Foi o primeiro sucesso para todos os pilotos da equipa e para a própria equipa e deu início à epopeia de quatro vitórias consecutivas.