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Fórmula 1: Lewis Hamilton afasta rumores sobre possível saída da Ferrari

Hamilton fala à comunicação social
Hamilton fala à comunicação socialANTONIN VINCENT / Antonin Vincent / DPPI via AFP

Lewis Hamilton rejeitou na quinta-feira as alegações de que poderá não correr pela Ferrari para além do próximo ano, após uma temporada de 2025 extremamente decepcionante, na sequência da sua transferência da Mercedes.

O heptacampeão mundial alcançou um registo indesejado ao passar 20 corridas sem subir ao pódio, a maior sequência da história da Ferrari, e ocupa apenas o sexto lugar no campeonato de pilotos, com 146 pontos, menos 64 do que o colega de equipa Charles Leclerc.

Após mais uma prestação desapontante no Grande Prémio da Cidade do México do mês passado, em que foi penalizado com 10 segundos durante a corrida, começaram a surgir rumores de que poderia ser substituído pelo britânico de 20 anos Oliver Bearman, jovem promessa da Ferrari que atualmente corre pela Haas.

Bearman, que terminou em quarto lugar no México e tem feito uma temporada de estreia muito positiva, também descartou a possibilidade de suceder Hamilton como sendo irrealista.

Hamilton, de 40 anos, afirmou: "Tenho um contrato bastante longo. Normalmente, quando se faz um contrato, é no ano anterior que se começa a falar sobre isso. E ainda estou longe desse momento."

Os rumores em torno de Hamilton intensificaram-se durante uma temporada atribulada com a Ferrari, em que não conseguiu alcançar qualquer pódio – nunca tinha ficado abaixo de cinco pódios nas suas 19 temporadas anteriores na F1 – e tem pressionado por mudanças nos métodos de trabalho da equipa.

Esta situação tem sido acompanhada por especulações sobre o futuro do chefe de equipa Fred Vasseur e agravada pela recente saída do antigo engenheiro de performance da Ferrari, Riccardo Corte.

Hamilton foi mais direto na quinta-feira ao abordar o seu apelo à Federação Internacional do Automóvel (FIA) para rever os procedimentos de penalização, após vários incidentes polémicos no México.

Hamilton foi o único entre vários pilotos que cortaram pela relva e regressaram à pista a ser sancionado. Segundo ele, falta clareza e transparência.

"Acho que isso faz parte do grande problema de transparência e responsabilidade, e também do secretismo nas decisões tomadas nos bastidores," afirmou.

"É algo que precisa claramente de ser resolvido e tratado nos bastidores, mas não sei se eles têm consciência de como as suas decisões podem, no fim de contas, influenciar carreiras e decidir um campeonato, como já se viu no passado. Há trabalho a fazer."