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Dakar-2025: Diretor avisa que será "um Dakar de resistência"

David Castera, diretor do Dakar
David Castera, diretor do DakarFREDERIC LE FLOC H / DPPI / DPPI via AFP
David Castera (54 anos), diretor do Dakar-2025, falou a um pequeno grupo de meios de comunicação social espanhóis sobre os desafios que se colocam aos organizadores da 47.ª edição da prova de resistência mais mística de todas.

Com todos a tentarem roubar o trono a Carlos Sainz (62 anos), o Rali Dakar 2025 vai começar (3-17 de janeiro). Mas não será fácil para ninguém, uma vez que o diretor da prova já disse que tem andado a partir a cabeça para criar um percurso que mantenha a emoção até ao fim e faça deste um dos ralis mais vibrantes de sempre.

"A filosofia que eu queria para este Dakar era manter a mesma dificuldade do ano passado, eu tinha essa ideia, porque gostei do que fizemos. Penso que demos um passo em frente, porque temos mais quilómetros e há muitas etapas com mais de 400 km, o que faz com que seja realmente um Dakar de resistência. A ideia era fazê-lo com dificuldades. É por isso que vamos manter o mesmo percurso do ano passado neste aspeto. Também era importante manter a etapa de 48 horas e temo-la à partida", afirmou o francês David Castera.

Apresentou ainda os pontos-chave do percurso, indicando os momentos em que se deve prestar mais atenção: "A quarta e a quinta etapa especial são importantes, porque vamos ter a maratona", disse. "A primeira semana é muito movimentada, mas a segunda semana também terá os seus momentos e chegaremos às partes mais novas do Dakar, com percursos separados. É algo importante para o Dakar e fizemos um cálculo de que este ano haverá 45% dos quilómetros que serão separados (motos e carros). E para terminar, vamos fazer uma verdadeira etapa, com cerca de 315 quilómetros, onde haverá uma partida com todos os veículos em filas de 15 ou 20 em paralelo e que terminará no bivouac", continuou.

"Agora, se o último carro sair às 10 horas da manhã, vai ter uma margem muito maior. Temos de pensar nos primeiros, mas também nos últimos. O Dakar é de todos e eu estou lá para tomar conta dos diferentes níveis de pilotos", disse o francês.

Por fim, Castera salientou que espera emoção até ao último momento: "Na arquitetura do rali, tento sempre manter-me interessado até ao fim. Mas também, o Empty Quarter é uma zona complicada, porque há uma ligação muito longa para lá chegar. Se eu fizer uma volta lá, há uma ligação repetida. Havia duas soluções: fazer o início ou o fim. Preferi o final do rali, que é mais fácil de organizar logisticamente. Comecei a construção do percurso com a ideia de terminar lá e, a partir daí, desenhei o Dakar ao contrário", afirmou.