De 3 a 17 de janeiro de 2025, 807 participantes irão lutar nas areias da Península Arábica, em 439 veículos, ao longo de cerca de 5.000 km de etapas especiais cronometradas.
O itinerário completo foi revisto em relação ao anterior, com uma volta ao país cujo prólogo terá início em Bisha, uma cidade no sudoeste do país que também acolherá os dois dias de "48h Chrono" - um formato inaugurado no ano passado, em que os pilotos não têm assistência, nem comunicação e são obrigados a desligar os motores durante a noite.
A edição de 2025 do famoso rally-raid terminará nas dunas intermináveis do Empty Quarter, onde a "classificação poderá ser repetida" na 11.ª e penúltima etapa, de acordo com o chefe do Dakar, David Castera.
A principal novidade da edição deste ano será a separação dos percursos entre motos e carros em certas etapas - e mesmo camiões - para garantir uma maior segurança.
"Pela primeira vez, cinco etapas serão disputadas em percursos que separam os veículos FIM (Fédération Internationale de Motocyclisme) e FIA (Fédération Internationale de l'Automobile), representando 45% do total dos setores cronometrados", afirmam os organizadores no comunicado de imprensa de apresentação do percurso.
Vencedor da edição de 2024 na categoria de automóveis, o espanhol Carlos Sainz conduzirá um Ford pela primeira vez nesta corrida, enquanto o recém-chegado Dacia contará com Nasser Al-Attiyah do Catar, cinco vezes vencedor do Dakar, a lenda francesa dos ralis Sébastien Loeb - que espera finalmente acrescentar o seu nome à lista de vencedores após a sua nona participação - e a espanhola Cristina Gutiérrez.
Esta edição não contará com o francês Stéphane Peterhansel, recordista de vitórias no Dakar (14, das quais seis em moto) e ausente da prova pela primeira vez em 36 anos. Aos 59 anos, "Monsieur Dakar" (a sua alcunha) explicou nas redes sociais que "precisava de uma pausa".
Na frente das motos, o americano Ricky Brabec, vencedor do ano passado, terá de enfrentar os seus companheiros de equipa da Honda, o francês Adrien Van Beveren, o chileno Pablo Quintanilla e o americano Skyler Howes.
Além disso, 43 mulheres também vão usar capacete este ano na Arábia Saudita, que iniciou um vasto programa de reformas económicas e sociais há alguns anos, incluindo a flexibilização das restrições impostas às mulheres.
Depois do Sahel e depois da América do Sul, o Dakar, o maior rali do mundo, escolheu a Arábia Saudita como cenário em 2020, uma escolha que provocou controvérsia devido ao historial do reino ultra-conservador em matéria de direitos humanos.
O percurso
3 de janeiro, prólogo: Bisha - Bisha, 79 km (29 km de especial)
4 de janeiro, 1ª etapa: Bisha - Bisha, 500 km (412)
5 e 6 de janeiro, 2ª etapa: Bisha - Bisha, 1.006 km (958) para bicicletas / 1.067 km (971) para automóveis
7 de janeiro, 3ª etapa: Bisha - Al-Henakiyah, 848 km (496)
8 de janeiro, 4ª etapa: Al-Henakiyah - Al-Ula, 588 km (415)
9 de janeiro, 5ª etapa: Al-Ula - Hail, 491 km (428)
10 de janeiro, dia de descanso
11 de janeiro, 6ª etapa: Hail - Al-Duwadimi, 829 km (606 - incluindo 172 km de transbordo)
12 de janeiro, 7ª etapa: Al-Duwadimi - Al-Duwadimi, 724 km (460) para bicicletas / 745 km (481) para automóveis
13 de janeiro, 8ª etapa: Al-Duwadimi - Ryad, 731 km (485) para motos / 733 km (487) para carros
14 de janeiro, 9ª etapa: Riade - Harad, 589 km (357)
15 de janeiro, 10ª etapa: Harad - Shubaytah, 636 km (117) para motos / 642 km (123) para carros
16 de janeiro, 11ª etapa: Shubaytah - Shubaytah, 553 km (321) para motos / 516 km (284) para automóveis / 447 km (130) para camiões
17 de janeiro, 12ª etapa: Shubaytah - Shubaytah, 132 km (62)
Distância total
Motas: 7.706 km, incluindo 5.146 km de etapas especiais
Carros: 7.759 km, incluindo 5.115 km de etapas especiais
Camiões: 7.690 km, incluindo 4.997 km de etapas especiais