"Quando saí, senti que tanto a Ferrari como o Charles (Leclerc) estavam prontos para lutar pelo título de campeão do mundo, e com a chegada do Lewis Hamilton isso só vai aumentar", assumiu Carlos Sainz, o homem que deixou ao sete vezes campeão do mundo o seu lugar na equipa de Maranello, e fala agora como piloto da WIlliams, que hoje revelou o seu carro para 2025.
"Nunca fui companheiro de equipa de Lewis, por isso não sei do que ele é capaz", disse Sainz.
"Nunca vi os seus dados. Vi os dados do Charles e sei como ele é bom: a única forma de avaliar um piloto é quando se é colega de equipa e se vê o que ele é capaz de fazer. Mas quando olho para os resultados de Hamilton, o seu historial e o que ele conseguiu, só posso dizer que haverá uma grande possibilidade de ele ser competitivo para a Ferrari", defendeu.
Hamilton vai apresentar o seu novo Ferrari no lançamento da temporada de Fórmula 1 na O2 Arena de Londres, na próxima terça-feira, antes de se dirigir à sede da equipa em Maranello, no dia seguinte, onde se espera que fale com os media pela primeira vez como piloto da Ferrari.
Quanto à Williams, terminou num modesto nono lugar no campeonato de construtores de 2024, mas Sainz está confiante de que pode dar a volta à sorte de uma equipa que tem nove títulos mundiais no seu currículo.
"Penso que trago muitos conhecimentos, muitas coisas que penso que podem ser aplicadas a este carro, e à equipa ao mesmo tempo. Vejo uma equipa que também está pronta para lutar pela vitória. É apenas uma questão de envolver toda a equipa para garantir que também damos a todos os engenheiros, mecânicos e pilotos as ferramentas certas para competirem ao mais alto nível", assumiu.
Juntamente com o outro piloto da Williams, Alex Albon, Carlos Sainz opõe-se às pesadas penalizações estabelecidas pela FIA para os pilotos que se entregam a linguagem inapropriada, como críticas aos oficiais de corrida, palavrões ou coisas piores.
Carlos Sainz, ex-piloto da Ferrari e agora na Williams, que acaba de apresentar o carro para o Campeonato do Mundo deste ano, explicou que "é razoável esperar que os pilotos evitem dizer palavrões quando falam num ambiente público, como uma conferência de imprensa, mas é uma questão diferente quando estamos na pista e falamos pelo rádio com a equipa. Por isso, não concordo com o que está a acontecer. Acho que não se pode ser muito rigoroso com este tipo de coisas, porque não se consegue compreender a pressão, a adrenalina, até mesmo a paixão e a forma como nos sentimos no carro quando abrimos o rádio."
Por outro lado, Albon revelou que os pilotos das várias equipas já falaram uns com os outros sobre como responder à medida da FIA.
"A discussão sobre como queremos reagir ainda está a decorrer. É uma questão sensível. Achamos que é correto? Claro que não", defendeu.